Matarazzo rebate críticas contra operação na Cracolância


Vandson Lima - Valor
19/01/2012

A operação Centro Legal, que reúne órgãos públicos estaduais e municipais para ações na região conhecida como “Cracolândia”, no centro da capital paulista, tornou-se definitivamente o principal tema do debate pré-eleitoral. Até quem ainda não tem vaga garantida na disputa à sucessão de Gilberto Kassab (PSD) se põe atento para rebater os possíveis adversários.

Andrea Matarazzo, secretário estadual de Cultura e defensor de primeira hora da ação, mostrou-se especialmente desagradado com as declarações do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB), que classificou a operação como “midiática” e sem propósito efetivo.

“Chalita não conhece do assunto e nunca foi à região. O que ele diz está mais para tese de um filósofo pequeno, alguém que jamais saiu de Higienópolis [bairro nobre da cidade] para ver a realidade”, afirma.

Um dos quatro pré-candidatos tucanos à Prefeitura de São Paulo, Matarazzo foi secretário de coordenação das subprefeituras entre 2007 e 2009, subprefeito e secretário municipal de serviços entre 2005 e 2006. Defende a ação enérgica da Polícia Militar em relação ao tráfico de drogas na região e avalia a internação compulsória de dependentes como medida válida.

“Convivo com essa situação [da Cracolândia] há sete anos. O governante precisa tomar medidas firmes, não pode se abalar por aqueles que querem politizar a questão e pegar carona na tragédia”, afirma. Chalita e Matarazzo foram companheiros de PSDB até 2009, quando o primeiro deixou a sigla rumo ao PSB. Em 2011, filiou-se ao PMDB.

Segundo dados da secretaria de Segurança Pública do Estado, a operação Centro Legal apreendeu até o momento 10,7 mil pedras de crack e fez 6,7 mil abordagens policiais. Foram presas até o momento 140 pessoas.

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