Entrevista de Andrea Matarazzo à Folha de Vila Prudente


Andrea Matarazzo afirma que está preparado para ser prefeito

Gerson Rodrigues e Newton Zadra - Folha de Vila Prudente


O secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo, 54 anos, é um dos quatro postulantes do PSDB à vaga de candidato a prefeito no pleito do próximo ano. Os outros três são: José Anibal, Bruno Covas e Ricardo Trípoli. Enquanto aguarda a prévia tucana, prevista para ocorrer em janeiro, Matarazzo vem se reunindo com os partidários para expor suas idéias. Um destes encontros foi realizado na Vila Prudente, no sábado, dia 5, ocasião em que o secretário concedeu entrevista exclusiva à Folha.

Matarazzo afirma que o desejo de ser prefeito foi despertado quando comandou a Subprefeitura Sé e depois, entre 2008 e 2009, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, período em que foi inclusive apelidado de “xerife da cidade” por conta das constantes ações de fiscalização que comandava e se refletiram por todas as subprefeituras da cidade. 

Desde 1991, quando foi assessor do Ministério da Educação no governo FHC, Matarazzo vem ocupando cargos executivos, mas será a primeira vez que concorre a uma eleição. No currículo acumula também a Secretaria Estadual de Energia.

Sobrinho neto do conde Francisco Matarazzo, ícone do esplendor desenvolvimento paulista, o secretário adiantou que uma das suas metas, se chegar a prefeito, é devolver o poder às subprefeituras. Acompanhe alguns momentos da entrevista:

O que o levou a postular sua candidatura a prefeito de São Paulo?

Senti despertar este desejo quando fui secretário de Coordenação das Subprefeituras. Um cargo executivo como aquele, que lhe dá poderes para interferir diretamente na vida cotidiana da população é por demais interessante. Poder conhecer os problemas da cidade de perto e correr atrás de soluções à frente das subprefeituras é uma vantagem sobre os demais candidatos. Quero implantar algumas idéias adquiridas com essa experiência.

O que o senhor faria e não faria em relação às últimas administrações de São Paulo? 

Um dos problemas que pretendo atacar com vigor é a coleta e tratamento do lixo. Quero instalar sete ou oito usinas de tratamento na cidade e promover uma grande campanha educativa de coleta seletiva. Outro assunto que vou tratar com atenção é o reposicionamento das subprefeituras diante do poder central, dando-lhes mais tarefas e responsabilidades. Eu não teria retirado alguns domínios das subs. Quando as coordenei não tínhamos poderes apenas em relação à saúde e educação, nos demais casos podíamos participar. Sem falar que tínhamos um time ajustado de subprefeitos com os mesmos objetivos e autonomia. 

O senhor conhece a favela de Vila Prudente? Se positivo, o que pensa a respeito? 

Quando exerci o cargo de Coordenador das Subprefeituras, tive oportunidade de visitá-la junto com o subprefeito da época, Felipe Sigollo. Não entendo como até agora não houve a iniciativa de urbanizá-la. Assumo o compromisso público de envidar todos meus esforços para atender esta reivindicação, aliás justa e necessária. Minha idéia é promover a reurbanização mantendo seus moradores como prioridade no local. A minha idéia é a de mantê-los de forma organizada e urbanizada. Isso ajudaria a melhorar muito não apenas a favela em si como as áreas do entorno.

Um dos grandes problemas da região são as enchentes. O que senhor pretende fazer sobre este assunto?

As enchentes serão tratadas com prioridade caso eu seja eleito. Quando eu estava à frente das subprefeituras canalizamos alguns córregos visando a diminuição do problema das cheias. Sabemos que o rio Tamanduatéi, em dias de chuva forte, é o segundo que enche com mais rapidez, ficando atrás apenas do Aricanduva. Como o Tamanduatei envolve outras cidades do ABC, pretendemos buscar uma solução aliada com o Estado, além da construção de piscinões. 

O senhor saiu do governo Kassab por não apoiá-lo no confronto com Geraldo Alckmin. Isso não vai prejudicar uma eventual coligação com o PSD?

Tenho boa relação com o prefeito. Considero uma coligação com o PSD um caminho natural e lógico.

Comentários

  1. Senhor Andrea, Bom dia!

    Quando menino, eu ajudava o meu pai no roçado. Ele era forte e muito trabalhador. Eu queria acompanhá-lo, mas não havia como, evidentemente. No verão, o sol escaldante da região noroeste do estado de São Paulo nos escaldava. Mas vez ou outra aparecia nuvem pesada que pairava sobre nossas cabeças, eu pensava: eis a chance de um descanso. A chuva começava e nós corríamos buscando abrigo sob a copa de um bacurizeiro. A chuva (de verão) durava uns 10 ou 15 minutos, assim que terminava, nós voltávamos a lida. Detalhe, nenhum pingo de chuva havia caído sobre nós. Sabe o porquê senhor Andrea? Porque a copa do bacurizeiro impedia, ou seja, retinha os milhões de gotículas da chuva. A minha história, me conduz a vislumbrar arborizadas com bacurizeiros, todas as margens dos cursos de água da capital paulista. O senhor não conhece a árvore? Tomei a liberdade de copiar a URL de uma imagem e vou transcrevê-la aqui. Reflita sobre, de repente, algum técnico possa orientá-lo melhor. Segue: http://farm4.static.flickr.com/3484/4062159984_07f8f5084c.jpg

    Abraços.

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