Veja o resumo da sabatina Folha-Uol com os pré-candidatos do PSDB à prefeitura de São Paulo



Pré-candidato do PSDB defende alianças amplas em 2012



Danilo Verpa/Folhapress 
Os pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo participam de sabatina promovida pela Folha e pelo UOL

O secretário estadual da Cultura, Andrea Matarazzo, defendeu nesta segunda-feira (5), durante sabatina promovida pela Folha e pelo UOL com os pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo, alianças amplas para as eleições 2012 e com partidos que tenham afinidades com as propostas do PSDB.

Ele não especificou se as alianças incluiriam o PSD de Gilberto Kassab, mas também não descartou a hipótese.

Matarazzo afirmou que isso passará pelo governador Geraldo Alckmin. Ou seja, se o governador quiser, não será contra. "Não tenho nada contra [o PSD], mas nesse momento discutimos a eleição pra prefeito, que passa pelo chefe político do Estado, que nesse momento é o governador", disse.

Matarazzo, que foi secretário de Kassab na prefeitura, afirmou que, "na média, foi uma gestão que acertou mais do que errou". "Errou em alguns pontos que são vitais. Errou na atenção à cidade, na zeladoria da cidade. No dia a dia."

Os problemas da cidade também foram abordados durante a sabatina. Tripoli defendeu a educação como base para tirar crianças das ruas. "A cracolândia, ficou estabelecido que era no centro de São Paulo. E não é. Você vai na zona leste, na zona oeste, em todo lugar tem."

Questionado sobre a fama de "higienista", Matarazzo refutou a fama e defendeu internação para os viciados em crack na cidade. "Pergunto ao nosso ouvinte, se ele tivesse um filho andando por ai, com um 'cobertorzinho', fumando crack até morrer? Claro que não. Você internaria [...]. Tem que tratar morador de rua como ser humano, como qualquer um de nós. Ele quer casa, ele quer tomar banho, como todos", disse.

Ao fim do encontro, a crítica dos tucanos se voltou, novamente, aos petistas. Bruno Covas disse que "a população não está querendo mais votar em poste", em alusão ao esforço do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para eleger o ministro da Educação, Fernado Haddad (PT) na cidade. Dilma Rousseff, no início da campanha presidencial no ano passado, era chamada pela oposição de "o poste do Lula".

Sobre uma possível entrada de José Serra na disputa interna do PSDB, Bruno Covas, outro pré-candidato, elogiou o amigo de partido, mas afirmou não trabalhar com suposição e que o partido busca "novas soluções".

Ele se apresentou como o nome da renovação. "Serra é patrimônio do PSDB e do Brasil, mas tem dito que não ser candidato."

Covas reiterou que prévia sem Serra no PSDB "hoje é uma realidade consolidada".

EMENDAS

Covas disse que contou de "forma hipotética" a história sobre uma oferta de propina.

"Estava ilustrando que não aceito, não vou aceitar corrupção. O caso já foi totalmente esclarecido. Contei uma história de forma hipotética e se tornou um grande Carnaval. Estava ilustrando que não aceito, não vou aceitar corrupção."

Em uma entrevista em agosto, Covas disse que já tinha recebido de um prefeito uma proposta de propina de R$ 5.000 por ter liberado uma emenda.

SABATINA

Os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado federal Ricardo Tripoli são sabatinados no auditório daFolha, na região central da capital.

Os quatro pré-candidatos tucanos respondem a perguntas dos jornalistas Vera Magalhães, repórter especial da Folha, e Diogo Pinheiro, editor do UOL Notícias.

O PSDB é o único partido que deve realizar prévias em São Paulo. Haveria sabatina com os pré-candidatos do PT, mas o partido definiu que lançará o ministro Fernando Haddad (Educação).

O PSDB estimou as prévias para janeiro, mas Alckmin quer empurrar a definição do nome para março. O partido negocia aliança com o partido de Kassab.

Os demais pré-candidatos no atual quadro na capital são Gabriel Chalita (PMDB), Netinho de Paula (PC do B), Celso Russomanno (PRB) e Soninha Francine (PPS).

Kassab também quer lançar um candidato de seu grupo à sua sucessão. Os mais cotados são o vice-governador Guilherme Afif (PSD) e o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV).

Editoria de Arte/Folhapress

Atualizado às 15:25H
Fonte: Folha.com

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