Executiva tucana faz desagravo a Serra

Vera Magalhaes - Folha.com

Ricardo Rafael/Folhapress
O PSDB usou a última reunião da Executiva do partido, que durou três horas na tarde desta terça-feira, em Brasília, para fazer uma sessão de desagravo ao ex-governador José Serra, por conta do livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Jr.

O ex-candidato do partido à Presidência compareceu à reunião, apesar de não ser membro da Executiva. Vários parlamentares também participaram do encontro.

Vários dos presentes pediram a palavra para atacar o livro e defender Serra, entre eles o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman e o deputado Jutahy Júnior (BA).

No livro, Ribeiro Jr. faz uma série de acusações ao ex-governador, amigos e familiares.

Para os tucanos, o livro faz parte de uma "série de dossiês falsos" divulgados para atacar o partido. Foram citados os casos Cayman (conjunto de papeis que a Polícia Federal atestou serem falsos que atribuíam a tucanos contas no paraíso fiscal das Ilhas Cayman) e a lista de Furnas (que teria beneficiado políticos do PSDB com propina oriunda da estatal).

Os tucanos ainda vincularam o lançamento do livro ao surgimento de acusações contra o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento). Sua publicação seria, de acordo com a teoria dos tucanos, uma forma de desviar o foco de Pimentel, a quem Amaury Ribeiro esteve ligado durante a campanha presidencial, no chamado "grupo de inteligência" do comitê do PT.

A princípio, o PSDB optou por silenciar sobre o livro de Ribeiro Jr. Depois que a imprensa publicou reportagens sobre a publicação, o partido divulgou duas notas repudiando seu conteúdo.


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