Sociedade Horizontal - Artigo de Marcos Saraiva


As redes sociais são a grande surpresa da geração que aí está, quando os avessos às novidades diziam que a globalização e a internet ao invés de unir as pessoas criariam uma massa alienada que só pensa em si, surgem as revoluções por democracia nos países árabes, e tantas outras demonstrações de valores humanistas nunca vistos tão intensamente, não me alongo nisto pois já há um belo artigo sobre o tema feito pelo estadista FHC “Silêncios que Falam”.

O que acho importante ressaltar é a ligação entre a força de um post que somado a muitos gera uma rede de solidariedade, e um voto, que perdido numa montanha de eleitores ainda tem uma importância relevante.

A exemplo disto tenho a eleição presidencial de 2010,na qual muita gente votou na candidata Marina Silva não por esta ser uma candidata que representa a nova política, mas principalmente por desacreditar na política e achar que estavam desperdiçando o voto, a prova histórica é que Marina saiu das eleições como a grande vitoriosa, uma liderança nacional independente e progressista, que fala a língua do jovem, sem agredir a tradição e sempre se mantendo na agenda.

Marina 2010, não foi minha opção, mas a reverencio pelo exemplo histórico. Nunca antes na historia deste país as pessoas viram o quão é importante o seu voto, na beleza de seu individualismo. Eu mesmo após votar disse em alto e louco som que o voto é o orgasmo da democracia, e em 2010 acredito que o povo brasileiro passou a gozar de seu voto, a notar que um único voto é sim importante independentemente de pesquisas, tendência ou campanhas.

As redes sociais se provaram como valorização do humanismo, da valorização a seu poder de mudar o mundo e da preocupação em fazer um mundo melhor e perpetuar objetivos altruístas.

Mesmo a proximidade com governantes e celebridades que a redes criaram, de certo modo, ver pessoas importantes que estejam fora escândalos ou não estejam na Ilha de Caras e poder interagir com elas tira das mesmas o status de semideus e nos coloca num mesmo patamar, o da raça humana.

Vejo nas redes sociais uma escola de super-heróis, do cotidiano é bem verdade, mas ainda assim pessoas que surgem com senso de solidariedade e justiça inigualáveis a outras gerações.

Em comparação com a dicotomia capitalismo x comunismo, se dizia capitalismo é vertical e comunismo horizontal, pois proponho uma nova concepção: o capitalismo globalizado, aprimorado do século XXI é composto por sociedades horizontais, os mis participativos e com maior pensamento coletivo vencem individual e coletivamente.

Devemos nos acostumar e nos sentir bem vindos ao mundo plural.

Marcos Estevão Marques Saraiva é estudante, filiado ao PSDB, eleto Deputado Federal Jovem do Parlamento Jovem Brasileiro 2011 

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