Diante de novas denúncias de corrupção envolvendo a administração pública federal - a Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira uma operação que prendeu 38 pessoas supostamente ligadas a um esquema de desvio de recursos de convênios no Ministério do Turismo -, PSDB e DEM defenderam hoje a apuração das irregularidades no governo. Para o Democratas, as novas suspeitas de fraudes dão força para a criação da CPI da Corrupção, que envolveria deputados e senadores ou seria coordenada somente pelos últimos. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) já começou a redigir o requerimento para a coleta de assinaturas que buscará a instalação da CPI.
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Entre os tucanos, a estratégia inicial é pedir a abertura de inquérito para que a Procuradoria-Geral da República investigue o suposto esquema no Ministério do Turismo. Embora a base aliada tenha ampla maioria, também tentarão aprovar a convocação do ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB).
"Para quem achava que não podia piorar, está piorando, e rápido. O governo precisa mudar esse modelo em que os partidos pegam seu naco de poder e estão fazendo o que bem entendem", disse o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (PSDB-SP). Para ele, também o ministro do Controle e da Transparência, Jorge Hage, deve ser ouvido para explicar porque a Controladoria-Geral da União (CGU) não detectou os focos de corrupção no governo federal.
"Há a convicção de que os fatos não são isolados. Existe uma corrupção endêmica. Para esclarecer todas as denúncias só existe um caminho, a CPI da Corrupção", defendeu o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (DEM-BA). "Vamos cobrar dos partidos da base do governo, que estão sendo acusados, que apoiem a CPI. A forma que eles têm de sair da acusação é apoiar a CPI. Se a presidente Dilma quisesse fazer uma limpeza, apoiaria a CPI. Não dá para separar a presidente Dilma disse porque foi ela quem nomeou as pessoas. O governo é dela."
Fonte: LARYSSA BORGES - Terra
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