O senador, no entanto, comentou que Lula é uma 'boa plataforma de lançamento' para Fernando Haddad
Cotado pelo PSDB como eventual candidato à prefeitura de São Paulo, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) afirma que, além de achar cedo para tratar do tema, não tem nenhuma intenção de abandonar o mandato no Senado, iniciado este ano e que só terminará em 2019. Aloysio diz que tem se dedicado "de corpo e alma" a fazer oposição parlamentar e que não vê motivos para mudar de rumo.
"Estou tão feliz no Senado, não estou disposto. Não estou com vontade", diz, evitando indicar outro nome para a disputa que elegerá o sucessor do prefeito Gilberto Kassab. Ele considera cedo iniciar a campanha municipal com 15 meses de antecedência, antes do assunto entrar na "pauta" dos eleitores. "No momento, os eleitores ainda não estão preocupado com isso e o assuntos só tem interesse para a crônica política e os próprios políticos". "É bom deixar correr mais um pouco, provavelmente no início do ano que vem", propõe.
No caso do PT, Aloysio Nunes reconhece que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que está em campanha para eleger prefeito de São Paulo o ministro da Educação Fernando Haddad - "tem prestígio e é uma boa plataforma de lançamento". Mas entende que o desempenho de Haddad na educação, não o capacita como candidato. "Ele não consegue botar um Enem de pé, quanto mais a prefeitura de São Paulo", ironiza, referindo-se às seguidas falhas na elaboração e aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Embora tenha uma boa plataforma de lançamento, o foguete em si não tem potência", compara, referindo ao prestígio de Lula e os problemas na área da educação conduzida por Haddad.
O senador tucano lembra, ainda, que o PSDB e seus aliados, que hoje estão embarcando no PSD de Kassab, são majoritários no Estado. Não houve mudanças no quadro que o elegeu e ao governador Geraldo Alckmin, e que também deu mais votos na eleição presidencial para o candidato tucano, José Serra. Aloysio Nunes diz que se tivesse de orientar Haddad - "ele não precisa porque Lula é seu conselheiro" - iria sugerir que ele começasse a carreira política se elegendo vereador e não disputando a prefeitura de São Paulo.
Fonte: Rosa Costa - O Estado de S.Paulo
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