Ministério entregue às baratas




Em memorando, auxiliar de Mário Negromonte (Cidades) pede dedetização
Assessoria diz que texto teve 'linguagem informal', mas negou infestação

Um memorando encaminhado pelo principal assessor do ministro das Cidades, Mário Negromonte, à Coordenadoria Geral de Logística da pasta no último dia 1º pede “providências urgentes para dar fim às baratas que infestam” o gabinete.

O documento circulou nesta quarta-feira (6) pela internet. A assessoria de comunicação do ministério informou que o documento é verídico, mas que o pedido de dedetização poderia ter sido feito de maneira informal. A assessoria negou que haja infestação de insetos no gabinete.

Memorando do Ministério das Cidades sobre baratas (Foto: Reprodução)Memorando do Ministério das Cidades sobre baratas















“Foi utilizada uma linguagem bastante informal, entre pessoas que se conhecem. O pedido [de dedetização] poderia ter sido feito de maneira informal, por bilhete, por exemplo”, afirmou a assessora Karoline Sousa.

A assessoria informou também que a sede do ministério é nova, de 2009, e que passa por dedetização com regularidade.

“Teve dedetização nos dias 28 e 29 de maio deste ano. No dia 11 de junho teve outra dedetização com spray e, de novo, nos dias 13 e 14 com gel. Uma nova dedetização já estava prevista para esta sexta-feira . O prédio não está infestado e nós nunca recebemos reclamações quanto a baratas”, disse a assessora.

No documento, o assessor especial do ministro, Hugo Hareng de Lima Quirino, usa um tom irônico para falar sobre os insetos do ministério. Segundo ele, as baratas infestam “em especial a copa e a máquina de café expresso, fazendo ninho, inclusive, no interior das estações de trabalho, nos armários e nos aparelhos de telefone”.

Ele diz ainda que há no ministério insetos “passeando de maneira tranquila e impune pelas coisas e pessoas, trabalhadores e visitantes”.

No memorando, Quirino lembra que as baratas têm hábitos noturnos, mas as que existem no ministério não têm “o menor constrangimento em desenvolver suas atividades também durante o dia, o que tem chamado a atenção até mesmo do próprio ministro, que vem dividindo com elas [as baratas], diuturna, democrática e insalubremente, o ambiente de trabalho”
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Fonte: Jamila Tavares - G1

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