Aécio Neves critica 'passividade' do governo Dilma


Senador mineiro afirma que Planalto afastou ministros Nascimento e Palocci 'na defensiva' e responsabilizou o governo pela falta de investimentos em rodovias de Minas

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, nesta quinta-feira, que a queda do ex-ministro Alfredo Nascimento da pasta dos transportes, ocorrida nessa quarta-feira, reflete uma 'passividade' da presidente Dilma Rousseff e do PT. "O que eu vejo é a tentativa do PT de dizer 'nós nao temos nada com isso. Nenhum desses últimos afastamentos se deu por meio do governo, que agiu defesivamente", destaca. O senador mineiro defendeu que a continuação das investigações é necessária, e que cabe à oposição cobrar da Controladoria Geral da União (CGU), do Ministério Público (MP) e do Poder Legislativo a continuidade desse processo. 

Aécio ressaltou que a saída de Nascimento e a consequente suspensão de obras do Dnit prejudica investimentos em obras importantes para Minas, como a duplicação da BR-381 e a revitalização do Anel Rodoviário e de trecho da BR-040. "Os seis trechos de cidades que não tinham ligação asfáltica de responsabilidade do governo federal não foram feitos, enquanto mais de 200 de responsabilidade do governo estadual foram feitos. Cobramos a questão do Anel incessantemente, entre tantos outros investimentos em infraestrutura. Nada aconteceu", disse. "Estamos vendo agora pelo menos parte das razões porque nada aconteceu. O modus operandi dentro do Ministério dos Transportes", completou Aécio. 

Segundo o parlamentar, o "descaso" do governo Dilma em relação à Minas se reflete ainda na questão do metrô da capital. "Onde estão os recursos do metrô? Não falo apenas do governo da Dilma, falo dos últimos oito anos. Não se fez um palmo de metrô em Belo Horizonte".

Em BH, o senador mineiro se reuniu com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, e com o ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, à frente do Instituto Teotônio Vilela, para avaliar a gestão de Dilma. "Está se criando algo inusitado para mim, que é a ausência ou a abdicação da responsabilidade da Presidência da República em relação a seus aliados", diz o senador mineiro. 

Segundo Aécio, o governo Dilma não é "novo", já que o mesmo grupo político está no poder há 9 anos. Em balanço feito com Jereissati e Guerra, os tucanos avaliam de forma negativa a gestão de Dilma. Para o senador mineiro, o Planalto não tomou "medidas objetivas" em relação à infraestrutura, saúde e educação, além de "não permitir investigação no governo". "Se há ainda uma 'herança maldita' do ponto de vista ético, ela é de absoluta e inteira responsabilidade do atual governo", conplementa o senador mineiro, em concordância com Jereissati e Guerra. Aécio citou a trasnferência de recursos subsidiados do Tesouro Nacional para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que, de acordo com o tucano, é "excessivo" e a falta de disposição do governo para discutir a PEC que altera o rito de tramitação das medidas provisórias.

MP da Copa Aécio Neves teceu críticas à medida provisória que cria regime diferenciado para licitações (RDC) de obras da Copa do Mundo, cionhecida como MP da Copa. Para ele, o projeto está na 'contramão' da ttransparência de dados. "Parece que o governo acordou agora, ficou sabendo no início desse ano que a Copa vai ser no Brasil, cria um sistema diferenciado de licitações que me preocupa muito. Vamos ter problemas graves no futuro, com esse processo que permite a um servidor público, vazando uma informação, contaminar todo o processo licitatório", disse. Fonte: em.com.br

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