
A avaliação da oposição e da base é que a situação de Palocci se agravou ainda mais com a denúncia publicada pela revista Veja de que o apartamento de 640 metros quadrados que o ministro aluga, em São Paulo, seria de empresa dirigida por laranjas - um deles de 23 anos e o outro de 17. "Isso complicou a situação dele", admitiu o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). "Cada hora ele tem de dar uma explicação", completou.
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Eunício disse que vai pôr em votação na quarta-feira os dois requerimentos de convocação de Palocci. "Não vou ficar mal com os meus colegas porque o governo não põe gente lá na CCJ", afirmou. Eunício defendeu que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decida logo sobre a abertura ou não de inquérito para investigar o ministro.
Além da convocação, a oposição trabalha com a hipótese de obter assinaturas para a criação da CPI. O otimismo é maior no Senado, onde já foram obtidas 19 adesões à comissão - são necessárias 27 assinaturas de senadores. "Como a entrevista do ministro foi deplorável, e agora com essa história do apartamento, a nossa esperança é que vários senadores assinem o pedido de CPI", disse o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR).
Fonte: EUGÊNIA LOPES E ROSA COSTA - Agência Estado
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