Oposição anuncia novo pacote de ações contra Palocci


O arquivamento das representações contra o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não inibiu a disposição da oposição de cobrar esclarecimentos sobre o crescimento exponencial do patrimônio do ministro. Líderes de PSDB, DEM, PPS e PSOL se reuniram no início da tarde de hoje e anunciaram um novo pacote de ações contra Palocci. 

Além de nova representação a Gurgel, a oposição vai procurar o Ministério Público do Distrito Federal, tentará convidar personagens do caso nas comissões temáticas da Câmara e insistirá nos requerimentos de convocação de Palocci no Congresso e de instalação de uma CPI para investigar o caso. 

"A decisão do procurador só alimenta a crise. A presença do Palocci incomoda e paralisa o governo, contaminando a administração", disse o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). As novas representações junto à PGR e ao MP/DF serão feitas com base na reportagem da revista Veja de que o ministro aluga um apartamento em São Paulo que está registrado em nome de um laranja. A Justiça Federal de São Paulo também será instada a apurar o mesmo caso. Em paralelo, a oposição na Câmara vai tentar chamar personagens do caso, como o dono do imóvel, para prestar depoimentos na Casa por meio de convites em comissões. 

A oposição continua também a exigir a presença de Palocci no Congresso. Caso se confirme a anulação da convocação pela Comissão de Agricultura da Câmara, PSDB, DEM, PPS e PSOL vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e prometem obstruir todas as votações na Casa. "Não vamos nos furtar a parar os trabalhos na Câmara se o presidente Marco Maia anular a convocação", avisa o líder do DEM, ACM Neto (BA). 

O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), disse que a decisão de Gurgel de arquivar o caso provoca "frustração" e abre portas para a "impunidade". Requerimentos pedindo a presença do procurador-geral da República no Congresso também serão apresentados nas comissões.

Fonte: EDUARDO BRESCIANI - Agência Estado 

Comentários