Serra lança site para aprofundar discussões sobre o País



Inspirado pelo filósofo, escritor e poeta francês Paul Valéry, o ex-governador de São Paulo José Serra estreou hoje o seu site na web (www.joseserra.com.br), destacando que ''os deuses sopram ao poeta o primeiro verso; o resto, depois, é com ele, fruto do seu esforço''. Em seu primeiro post, ele diz ainda que existem "milhões de sites pelo mundo afora", mas que decidiu criar o seu, para dividir com os internautas suas descobertas, alegrias, anseios e esperanças. E, sobretudo, "um lugar para debater políticas públicas, temas que digam respeito ao futuro do Brasil e dos brasileiros".

E nas discussões sobre o País, Serra estreou com críticas ao governo da adversária Dilma Rousseff (PT). Ele criticou a dificuldade em vigiar as fronteiras e o desafio de fazer o País crescer diante de um cenário marcado pela falta de infraestrutura e pela pesada carga tributária. O ex-governador classificou de "modesto" o desempenho da economia brasileira nos últimos oito anos e disse ainda que a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou um legado preocupante para o País.

Entre as "preocupações" citadas por Serra no artigo "Uma realidade pouco animadora", é destacada a alta carga tributária, o câmbio valorizado, o gargalo no setor de transportes e as carências em Saneamento, Saúde e Educação. "O novo governo promete que vai enfrentar os desafios, mas mostra falta de convicção e de rapidez, além de falta de prioridades, cujo símbolo maior é o trem-bala", disparou Serra.

Convicção

Para o tucano, os desafios só podem ser enfrentados com crescimento rápido e sustentado. "A falta de convicção apareceu na crise do sistema aeroportuário, onde depois de anos demonizando as privatizações o PT e a presidente Dilma concluíram que melhor mesmo é privatizar", disse. "E a falta de rapidez fica visível no atraso das providências para a Copa do Mundo. Assunto no qual em vez de resolver os problemas o governo prefere terceirizar responsabilidades", apontou. "Minha torcida, como a de todo brasileiro, é para que as coisas deem certo, ou o prejuízo será, como já tem sido, coletivo. Para tanto, é preciso que se tomem as providências adequadas. Não é o que está em curso ainda, infelizmente", finalizou.
Fonte: DAIENE CARDOSO - Agência Estado

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