
Revendo o lugar é difícil imaginar que foi uma área desvalorizada, com terreno acidentado. Adquirido pela Cia. City em 1912, o Pacaembu é mais um "garden city", seguindo o modelo do Jardim América. O projeto foi do mesmo arquiteto dos Jardins, Barry Parker, que hoje dá nome a uma praça no bairro. Ficam no Pacaembu importantes espaços históricos: as Casas Modernistas, nas ruas Itápolis e Bahia, e a Casa Guilherme de Almeida, onde o poeta morou e foi recentemente reformada, na Rua Macapá. Os imóveis mostram a importância do modernismo e da arte paulista para a cultura nacional.
Outro motivo de orgulho é o Estádio Paulo Machado de Carvalho, construído em 1940, que chegou a receber jogos da Copa de 1950. Em 2008, passou a abrigar o Museu do Futebol, que alcançou neste mês a marca de um milhão de visitantes. Um bom dia para uma visita é quinta-feira, quando a entrada é gratuita e a Praça Charles Müller recebe uma feira livre. Lá fica a barraca do Pastel da Maria, um dos melhores de São Paulo. Até o Cemitério do Araçá, construído em 1887, é ponto turístico, por causa dos mausoléus onde estão sepultadas pessoas famosas e pelas obras de arte, como a réplica da Musa Impassível, de Victor Brecheret - a original está no Parque da Luz -, e as esculturas de Rafael Galvez. Sugiro uma caminhada a pé pelo bairro, para admirar a arquitetura das casas e aproveitar a linda arborização daquelas ruas.
Andrea Matarazzo é secretário estadual de Cultura de São Paulo.
E-mail: amatarazzo@sp.gov.br
Fonte: Diário de S.Paulo
Fonte: Diário de S.Paulo
Comentários
Postar um comentário