O jornal Folha de São Paulo disse que o ministro comprou um escritório de R$ 882 mil e um apartamento de luxo em SP de R$ 6,6 milhões. Segundo a reportagem, Palocci multiplicou o patrimônio dele por 20 em quatro anos.
A Comissão de Ética Pública da Presidência afirmou nesta segunda-feira (16) que não há o que apurar sobre a evolução patrimonial do ministro da Casa Civil Antônio Palocci. A oposição quer ouvir os esclarecimentos de Palocci, depois de uma reportagem do jornal Folha de São Paulo publicada no último domingo (15).
O jornal Folha de São Paulo deste domingo (15) disse que Palocci comprou um escritório de R$ 882 mil e um apartamento de luxo em São Paulo de R$ 6,6 milhões. Segundo a reportagem, Palocci multiplicou o patrimônio dele por 20 em quatro anos.
A assessoria de Palocci respondeu, em nota, que a evolução patrimonial foi resultado de consultorias econômico-financeiras prestadas a empresas privadas até dezembro passado, quando as atividades foram encerradas por força da função de ministro. E que a empresa de consultoria recolheu todos os tributos devidos. Ainda segundo a nota, as atividades de consultoria e a compra dos imóveis foram informadas à Comissão de Ética da Presidência da República antes de Palocci assumir o cargo de ministro.
O PPS apresentou requerimento para que o ministro Antônio Palocci dê explicações na Câmara. A oposição também vai pedir que a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da República investiguem o caso.
“Se o ministro quiser que esse assunto fique completamente esclarecido, ele tem que se submeter aos questionamentos e oferecer respostas convincentes às perguntas que venham a ser feitas”, disse o senador José Agripino.
O líder do governo, Romero Jucá, disse que a oposição está querendo se aproveitar politicamente do caso. “O ministro Palocci já deu todas as informações necessárias, agiu de acordo com a lei, prestou contas já e, portanto, essa questão da oposição querer convocar o ministro Palocci é criar um fato político onde não existe nada e nós não vamos concordar”, disse.
Depois de discutir o caso nesta segunda-feira (16), a Comissão de Ética da Presidência da República não encontrou irregularidades que justifiquem a abertura de uma investigação e confirmou que Palocci entregou todas as informações sobre seu patrimônio.
“No caso não há no momento o que apurar. Tudo isso foi feito no momento adequado. Não há matéria de competência da comissão a examinar”, afirmou Sepúlveda Pertence, presidente da Comissão de Ética da Presidência.
A reportagem da Folha diz que a empresa de Palocci trocou de finalidade dois dias antes da posse como ministro. Na nota deste domingo (15), a assessoria de Palocci explicou que a mudança foi feita para respeitar as normas do código de ética pública.
Nesta segunda-feira (16), Sepúlveda Pertence esclareceu que a alteração foi adequada. “Ele nos perguntou se a fórmula era adequada e nós entendemos que sim. Foi a fórmula feita por outros ministros de estado”, declarou.
O secretário-geral da presidência da república, ministro Gilberto Carvalho, disse que o pronunciamento da Comissão de Ética encerra o caso para o governo. Segundo o ministro, a presidente Dilma Rousseff já sabia da empresa de Palocci e da compra dos imóveis. Gilberto Carvalho disse também que a presidente ficou satisfeita com as explicações.
Fonte: G1
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