Bancada de Kassab 'estreia' salvando Palocci



Lula Marques/Folhapress
Líder do DEM, ACM Neto, contra blindagem a Palocci em comissão da Câmara

Os seis dissidentes da oposição que votaram contra a convocação de Antonio Palocci (Casa Civil) para depor na Câmara e explicar sua evolução patrimonial têm algo em comum: todos eles assinaram a ata de fundação do PSD, partido idealizado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab.

Reportagem da Folha no último dia 7 mostrou que o DNA do novo partido de Kassab é majoritariamente pró-governo Dilma Rousseff. Na sua "estreia" informal, ainda antes de oficializado o partido, a bancada deu uma demonstração concreta de alinhamento com o Planalto.

Dos futuros pessedistas que ajudaram a compor o placar de 266 a 72 pró-Palocci, 4 são oriundos do DEM e dois do PPS.

Os baianos Paulo Magalhães e Fernando Torres pularam no barco do PSD para passar a integrar a base do governador petista Jaques Wagner. O partido, na Bahia, será comandado pelo vice-governador Otto Alencar (ex-PP).

Os dois mineiros na lista, Geraldo Thadeu (PPS) e Lael Varella (MG), integram a base de Antonio Anastasia e a órbita de influência de Aécio Neves --que tem dado declarações simpáticas a Palocci e defendido moderação na oposição em relação ao ministro.

Completam o grupo o paulista Junji Abe, que segue a orientação de Kassab, e César Halum, de Tocantins, liderado pela senadora Kátia Abreu.

A demonstração de apreço do PSD kassabista a Palocci é mais uma demonstração de que a simpatia pelo ministro é maior na oposição --ou, nesse caso, dos partidos "híbridos", como o novo -- que no PT.
Fonte: Vera Magalhaes - Folha.com

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