Kassab não descarta apoiar Meirelles à Prefeitura de São Paulo


Prefeito classifica o ex-presidente do Banco Central como um 'bom nome', mas afirma que trabalha com outras três possibilidades para as eleições de 2012

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que nesta quarta-feira, 13, fará em Brasília a reunião de fundação do PSD, admitiu nesta terça-feira, 12, que não descarta a possibilidade de apoiar o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Henrique Meirelles (PMDB), para a sua sucessão em 2012. Kassab disse que o ex-presidente do Banco Central (BC) é um "bom nome", embora o prefeito trabalhe para convencer três dos seus aliados mais próximos a concorrer à vaga. "Eu tenho muito respeito pelo Meirelles, não descartaria apoiá-lo. Seria até uma falta de respeito falar que o apoiaria sem falar com ele, mas é um grande nome", admitiu o prefeito, após participar da cerimônia de abertura da 10.ª Automec - Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, na capital paulista.

No dia 21 de março, o Estado antecipou o interesse de Kassab em se aproximar de Meirelles. O prefeito afirmou que ainda não conseguiu persuadir o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, nem o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, nem o ex-secretário estadual de Planejamento Francisco Luna a disputar a sucessão municipal. "Vou insistir, sou teimoso, vou me esforçar muito para que um dos três aceite", afirmou. Kassab reiterou que, na nova legenda, os membros terão liberdade de posicionamento, num primeiro momento, sobre o governo federal. "Vamos viver um momento de transição. Dando liberdade no nascimento do partido para que os companheiros tenham as suas posições em relação ao governo federal, mantendo a sua coerência em relação à campanha do ano passado", afirmou.

Kassab deve liderar a legenda até o meio do ano, quando deve ser constituída uma nova direção. De acordo com ele, ainda não é o momento de sugerir nomes para a presidência da sigla. "Não se está discutindo isso agora, tenho a enorme responsabilidade até o mês de junho ou julho de dirigir a constituição desse partido. Após isso, vou encaminhar a questão à futura direção."

O prefeito desconversou ao ser questionado sobre a passibilidade de apoiar o nome da senadora Kátia Abreu (TO) para ocupar o comando o legenda. De acordo com Kassab, seu partido terá uma posição independente, mas que manterá com a presidente Dilma Rousseff a mesma parceria que teve com o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Daiene Cardoso - Agência Estado

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