Criação do PSD faz parte do processo democrático, diz Alckmin


Governador de SP falou sobre novo partido em evento nesta segunda-feira. Ele disse que a mudança não altera relacionamento dele com Afif

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a comentar na tarde desta segunda-feira (21) a fundação do Partido Social Democrático (PSD) pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o vice-governador do estado, Guilherme Afif Domingos.

“As pessoas têm toda a liberdade do ponto de vista político e partidário. Eu não vejo nenhum problema nessa mudança. As pessoas têm direito de criar partidos, defenderem aquilo que acreditam, acho que é parte do processo democrático”, afirmou.

Ele falou sobre o tema durante o lançamento do projeto “São Paulo contra o Racismo” no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital paulista. O prefeito e o vice-governador formalizaram também na tarde desta segunda-feira a saída do Democratas e a criação do PSD, durante evento que reuniu cerca de 200 pessoas na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Alckmin disse que a mudança “não muda absolutamente nada” a relação dele com o vice-governador. Mas disse que espera continuar o trabalho com o DEM. “O DEM foi muito correto conosco, estivemos juntos na campanha eleitoral, espero que continuemos juntos. Não sei ainda quantos deputados devem ficar no DEM, mas eles elegeram oito deputados estaduais. Talvez fique com sete. Vamos continuar juntos, trabalhando em defesa da população.”

Ele disse ser difícil avaliar nesse momento qual será o impacto da criação do PSD. “O Brasil tem mais de 30 partidos políticos, é difícil nesse momento você avaliar o impacto disso”, afirmou. Alckmin também comentou sobre o relacionamento com o governo Kassab. “Independente da sigla partidária, nós temos o dever de trabalhar juntos”.

Medidas contra o racismo
O evento no Palácio dos Bandeirantes marcou o lançamento de um projeto contra a discriminação racial. Foi assinado um termo de cooperação com 47 municípios para acelerar o recebimento de denúncias pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

“O objetivo não é a aplicação de sanções criminais, mas administrativas, como multas a um estabelecimento que tenha adotado condutas racistas”, comentou a responsável pela pasta, Eloisa de Sousa Arruda. As prefeituras poderão receber essas denúncias e repassar à Coordenadoria de Políticas para População Negra e Indígena, da secretaria.

O Procon de São Paulo irá elaborar material educativo sobre o tema e também ficará responsável pela verificação de demandas dos consumidores quando houver indício de discriminação nas relações de consumo.

Fonte: Luciana Bonadio - G1

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