O PC do B acha que é dono da área do esporte, e faz biquinho para Dilma



O pessoal do Partido Comunista do Brasil (PC do B) — peso morto que o PT carrega nas costas há 30 anos em coligação, sem a qual o partido não elegeria nenhum deputado federal — continua de biquinho com a presidente Dilma Rousseff.

Além das diversas “boquinhas” que detinham no governo anterior e que não mantiveram na nova administração, os comunistas estão bravos com a escolha do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para comandar a futura Autoridade Pública Olímpica (APO), órgão supervisor de todos os projetos relacionados com os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.
A implicância nada tem a ver com o “neoliberalismo” de Meirelles nem com qualquer coisa semelhante a ideologia, algo que os comunistas de carteirinha do PC do B abandonaram há muito tempo. O centro da questão é o poder que deverá deter o presidente da AOC e as imensas verbas que, de alguma forma, passarão por sua caneta.
Além do mais, os comunistas reclamam que “não foram ouvidos” pela presidente antes da escolha.
Agora me expliquem: onde está escrito que um presidente da República precisa ouvir o PC do B para escolher alguém na área de esportes? Os comunistas ficaram mal acostumados por deterem o Ministério do Esporte desde 2003 — e, num efeito dominó, passaram a abocanhar secretarias do gênero em governos estaduais e prefeituras controladas pelo PT. Falou em esporte, o PC do B acha que é do seu pedaço.
Mas onde é que está escrito isso?
Meirelles seria indicação de Palocci
Os comunistas não gostaram de Dilma ter consultado o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que, aparentemente, foi quem pariu a ideia, por sinal muito interessante, de indicar Meirelles para o novo organismo.
Palocci é o ministro mais poderoso do governo e o mais próximo da presidente. Queriam que Dilma ouvisse quem?

Fonte: Ricardo Sertti - Veja.com

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