Após bate-boca com Sarney, Itamar ironiza Jucá e mínimo de R$ 545


Lula Marques/Folhapress
Depois de trocar farpas com Sarney,Itamar também discutiu com Romero Jucá após apresentar votod do mínimo
Depois de trocar farpas com Sarney,Itamar também discutiu com Romero Jucá após apresentar voto do mínimo

Depois de trocar farpas nesta quarta-feira com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador Itamar Franco (PPS-MG) também discutiu com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) no plenário da Casa após ele apresentar o seu voto em favor do salário mínimo de R$ 545.

Itamar ironizou o valor proposto pelo governo federal ao afirmar que uma família brasileira não tem condições de viver com o valor sugerido pelo governo.

O senador relembrou o ex-presidente João Figueiredo para criticar o mínimo de R$ 545.

"Uma vez perguntaram para um presidente o que faria com um salário mínimo, sabe o que respondeu?", questionou a Jucá. O peemedebista respondeu: "que daria um tiro na cabeça".

Itamar se transformou no principal destaque da oposição durante a votação do salário mínimo por fazer sucessivos questionamentos a senadores da base de apoio ao governo federal.

Ao seu lado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) acompanha a sessão, mas ainda não se manifestou publicamente a respeito do novo valor do mínimo.

Cinco senadores da base de apoio do governo e cinco da oposição se revezam na tribuna do plenário da Casa para defender e criticar o projeto do governo que fixa o mínimo em R$ 545. A votação só terá início depois do período reservado aos discursos.

Os senadores vão votar, em primeiro lugar, o projeto encaminhado pelo Executivo que fixa o mínimo em R$ 545. Depois, na sequência, vão analisar três emendas apresentadas pela oposição com mudanças no projeto.

Duas aumentam o valor do salário mínimo para R$ 560 e R$ 600, respectivamente. E a terceira retira do texto a permissão para o governo reajustar o salário mínimo por decreto presidencial nos próximos quatro anos --retirando a discussão do Congresso.

Fonte: Gabriela Guerreiro - Folha.com

Comentários