Agora com Alckmin, Márcio Aith e o mineiro Eduardo Guedes foram escalados para abrir discussões sobre novo filme tucano
O PSDB escalou o publicitário Eduardo Guedes, ex-subsecretário do senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG), e o jornalista Márcio Aith, novo subsecretário de Comunicação do governo Geraldo Alckmin, para dar início às discussões do formato e conteúdo do primeiro programa de TV do partido depois das eleições.
As reuniões para tratar do assunto tiveram início nesta quinta-feira e
tudo deve ser definido até esta sexta-feira, de acordo com o presidente
nacional do PSDB, Sérgio Guerra. Os encontros sinalizam o desejo de
demonstrar harmonia entre tucanos mineiros e paulistas. A peça de 10
minutos irá ao ar às 20h30 de 3 de fevereiro.
“Vou para São Paulo definir. O Eduardo Guedes já trabalhou conosco no
passado. Fez programas antes da eleição. Ele irá discutir as idéias com o
Aith”, disse Guerra ao iG. “A recomendação é mostrar
que o partido irá fazer oposição, destacar as vitórias que nós tivemos
(Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Alagoas, Pará, Tocantis, Goiás e
Roraima)”, completou o presidente do PSDB
O maior objetivo dos tucanos é não deixar que as disputas internas
atrapalhem o partido que tenta se reorganizar na oposição. Candidato
derrotado à Presidência da República, José Serra
tenta se manter no tabuleiro político. Bem sucedido ao eleger seu
sucessor Antonio Anastasia em Minas Gerais, Aécio joga em outro campo
dentro do partido.
Apesar da escolha de um publicitário mineiro para comandar o primeiro
programa de TV, Guerra fez questão de enviá-lo a São Paulo para
conversar sobre o assunto com Márcio Aith. O jornalista, que foi chefe
da comunicação na campanha de Serra, assumiu nesta quinta-feira o
comando da Subsecretaria de Comunicação do governo do Estado de São
Paulo.
O governador paulista também teve um encontro com o publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva
em 2002. Depois de ter trocado Alckmin por Gilberto Kassab na campanha
para a prefeitura em 2008 e virado homem de confiança de Serra, o
marqueteiro Luiz González ficou fora dos planos do PSDB.
Responsável pela comunicação da campanha presidencial do PSDB em
2010, González concentrou poder e acabou recebendo críticas de tucanos
ao longo da disputa. Um dos seus principais desafetos foi Sérgio Guerra,
que coordenou a campanha de Serra. Aliados do presidente tucano
tentaram vetá-lo para a disputa de 2009, mas ele acabou sendo bancado
por Serra. Desde a derrota, no entanto, González não teve contato com
lideranças tucanas.
No início de sua administração à frente do Palácio dos Bandeirantes,
Alckmin sinalizou que não dará continuidade ao modelo de governo de
Serra. Além de manter apenas seis dos 26 secretários de seu antecessor,
fechou pastas criadas pelo antecessor e reabriu as que haviam sido
fechadas, além de determinar a revisão de todos os contratos como medida
de ajuste fiscal.
Fonte: Adriano Ceolin e Nara Alves - iG
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