A administração Kassab terminou o segundo ano de governo com o
cumprimento de 15 dos 223 objetivos apresentados na Agenda 2012, o
programa de metas da Prefeitura, instituído por projeto de lei
apresentado pela ONG Rede Nossa São Paulo. “Se me perguntar se isso é
muito ou pouco, vou dizer que é relativo.
Poderia não estar concluindo nenhuma meta, mas estar com as 223 bem
avançadas. Isso seria tão bom quanto ter concluído 15 ou 20”, afirmou o
secretário. Em 2010, levantamento feito em fevereiro mostrava 6 metas
atingidas.
Pelo menos 13 pontos estão parados na primeira fase do projeto,
segundo dados do site da Prefeitura atualizados até novembro. Estão
nesse grupo a implementação de sete faixas exclusivas para circulação de
motos e a construção de mais dois Centros de Atenção Social à População
Idosa. “O programa tomou o cuidado de não fazer a divisão das metas ano
a ano. O programa indicou objetivos para serem cumpridos em quatro
anos”, lembrou Chammas.
Para justificar o atraso de alguns objetivos, a Prefeitura aponta
dificuldades para desapropriar terrenos, recursos de processos
licitatórios e requerimentos da Justiça. A desapropriação de um terreno é
o motivo do atraso na inauguração do Complexo Viário Padre Adelino, no
Tatuapé, zona leste. A entrega da obra, que tem o objetivo de aliviar o
trânsito da Radial Leste, foi adiada de novembro de 2008 para dezembro
de 2010 e, recentemente, para o segundo trimestre deste ano, segundo a
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.
Por outro lado, a Prefeitura concluiu, entre outras coisas, a
instalação de 289 câmeras de vídeo em cruzamentos da cidade, a ampliação
do programa Remédio em Casa para pacientes com níveis de colesterol e
triglicérides elevados e a construção de dez novos postos de Assistência
Médica Ambulatorial de Especialidades (AMA).
“É um progresso danado para a cidade ter um plano de metas. Imagina
uma cidade desse tamanho sem um cronograma? É a maior concentração de
riqueza da América do Sul”, opina o professor de economia e
administração pública da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP) Ladislau Dowbor. Segundo ele, esse tipo de ação ajuda a cidade a
ter o compromisso de se desenvolver independentemente do político que
está no poder e impede o crescimento orientado por “montadoras e
empreiteiras”.
Coordenador da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew acredita que o
prefeito Kassab merece um “voto de confiança”, apesar de ter cumprido
6,7% das metas. “A Prefeitura tem todo o interesse em cumprir as metas.”
Das metas classificadas como mais difíceis, Grajew acredita que a
administração deve dar atenção especial às creches. “Para famílias de
baixa renda, é uma questão vital.”
Fonte: Tiago Dantas - JT
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