O atentado contra a deputada Gabrielle Giffords nos Estados Unidos deixou Ricardo Kotscho preocupado com a radicalização da oposição… no Brasil!
Que bom que alguém acha a nossa oposição radical. Aliás, que bom que alguém acha a nossa oposição.
Pensei: se Kotscho se preocupa assim com os riscos de radicalização
da política, deve ter gritado contra a agressão de petistas a José Serra
quando fazia campanha em Campos.
Kotscho, de fato, comentou o fato num post
alertando contra a “escalada de intolerância” na campanha eleitoral.
Mas - surpresa! - o que ele achou ruim não foi o fato. Foi o registro do
fato pelos meios de comunicação que não compraram a versão oficial
aguada do fato.
Curioso: Kotscho reconhece que o que houve ali foi, literalmente, um
atentado. Com certeza não deixou de ver os militantes petistas irados
cercando e acossando Serra e seus apoiadores. Mas, tudo bem, ele acha:
“a arma utilizada no atentado se limitou a uma bolinha de papel”.
Então fica combinado: atentado pode, dependendo do peso e calibre da
arma. E o peso e calibre se discutem depois do fato consumado.
OK, Kotscho: fale-nos mais contra a radicalização e a favor do bom
senso. E nos arrume, se puder, uma tabelinha com os graus e
circunstâncias aceitáveis de violência política.
Fonte: Eduardo Graeff - www.eagora.org.b
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