Um Natal mais limpo - Artigo de Andrea Matarazzo



Com a chegada do fim do ano, os paulistanos e os visitantes foram surpreendidos com a bela decoração de Natal, composta por luzes, pinheiros com bolas de vidro e outros enfeites característicos. Passear pela cidade, de carro ou a pé, vira uma ótima opção de lazer nesse período. Os congestionamentos cada vez maiores que se formam à noite, nas proximidades da Avenida Paulista ou do Parque Ibirapuera, mostram, no entanto, que algo está mudando.

Em vigor há quase quatro anos, a Lei Cidade Limpa revelou uma cidade que estava escondida sob toneladas de propagandas  que,  sobrepostas umas às outras, já nem cumpriam sua função original,  de trazer alguma informação relacionada a produtos, marcas ou lojas. Era uma completa confusão visual que só fazia emporcalhar São Paulo.

Por conta da remoção do que foi contabilizado, na época, em centenas de milhares de placas, faixas e materiais publicitários, a cidade tomou outro aspecto. A arquitetura dos prédios, que antes passava despercebida, saltou aos olhos  da população que já se desacostumara a contemplar a paisagem paulistana. E pelo mesmo motivo, felizmente pudemos notar, ano após ano, como a cidade ficou mais bonita na época das festas de fim de ano.

Com uma cidade mais limpa, de arquitetura mais visível, as decorações de Natal ganham  destaque. À noite a diferença é  maior, pois a forte iluminação dos backlights e frontlights das estruturas de propaganda que antes ocupava todas as ruas da capital foi substituída pelas pequenas e brilhantes luzes de Natal. Em vez  da publicidade, hoje é possível contemplar a bonita decoração que a cidade recebe nesta época, seja pelas grandes lojas, pela Prefeitura, por iniciativas das associações de bairro e até pelos moradores, que enfeitam suas janelas e varandas com luzes coloridas.

É no clima de uma cidade enfeitada e iluminada, que mostra toda a sua beleza, que desejo a todos boas-festas e um 2011 cheio de realizações.

Andrea Matarazzo é secretário estadual de Cultura de São Paulo

Fonte: Diario de S.Paulo

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