Foram cerca de seis meses de entrevistas, “análises de currículo” e
muita sola de sapato até que garantissem um “emprego” pelos próximos
quatro ou oito anos. Mas, ao assumirem seus cargos em 2011, Aloysio
Nunes (PSDB), Guilherme Afif Domingos (DEM) e os petistas Aloizio
Mercadante e Marta Suplicy já estarão de olho em uma “promoção”: a
Prefeitura da capital em 2012.
Embora todos neguem hoje qualquer pretensão de deixar o cargo daqui a
menos de um ano e meio para se candidatar à sucessão do prefeito
Gilberto Kassab (DEM) – que não pode mais se reeleger –, nos bastidores,
aliados dos políticos e dirigentes partidários já fazem conjecturas e
projeções para saber quem tem mais chance de ser o promovido.
Eleito senador em outubro com mais de 11 milhões de votos, Aloysio
Nunes é considerado o candidato natural do PSDB em 2012. O nome do
tucano ganhou ainda mais força depois que o ex-governador e candidato
derrotado à Presidência pela sigla, José Serra, disse que não tem
intenção de disputar novamente o cargo que já ocupou entre 2005 e 2006.
Juntos ou separados?
Há, porém, dúvidas sobre o potencial eleitoral de Nunes. Alguns tucanos acreditam que parte significativa dos votos do senador eleito foi obtida graças à popularidade do futuro governador Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo aliados, o desempenho de Nunes em 2012 estaria, em grande medida, condicionado ao apoio de Alckmin, com quem ele disputou internamente a candidatura ao governo.
Há, porém, dúvidas sobre o potencial eleitoral de Nunes. Alguns tucanos acreditam que parte significativa dos votos do senador eleito foi obtida graças à popularidade do futuro governador Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo aliados, o desempenho de Nunes em 2012 estaria, em grande medida, condicionado ao apoio de Alckmin, com quem ele disputou internamente a candidatura ao governo.
Outro problema é saber se PSDB e DEM lançarão candidatura única, para
repetir o cenário de 2008, quando Kassab disputou com Alckmin, rachando
o PSDB. Segundo aliados dos dois lados, o único capaz de unir as duas
siglas nas eleições municipais seria Guilherme Afif (DEM), vice de
Alckmin e aliado de Kassab.
Afif foi nomeado por Alckmin para acumular a Secretaria de
Desenvolvimento, pasta que será “turbinada” e que poderá render
dividendos eleitorais ao democrata, já que estão vinculadas a ela as
escolas técnicas (Etecs), as faculdades de tecnologia (Fatecs) e, a
partir de janeiro, as universidades paulistas. Além disso, Afif
comandará o programa de capacitação Via Rápida para o Emprego, bandeira
de campanha de Alckmin.
O problema é a indefinição sobre o futuro do DEM. Há algumas semanas,
Afif sinalizou que poderia acompanhar Kassab em uma possível ida para o
PMDB. O movimento inviabilizaria uma candidatura única do bloco e
levaria o PSDB a lançar candidato próprio.
Ministro ou senadora?
No PT, dirigentes dizem que se Mercadante quiser será ele o candidato. O petista, que trocou uma provável reeleição ao Senado pela disputa ao governo, na qual foi derrotado no primeiro turno por Alckmin, ganhou do governo Dilma Rousseff como recompensa pelo sacrifício o Ministério de Ciência e Tecnologia, setor que tem na capital seu maior polo.
No PT, dirigentes dizem que se Mercadante quiser será ele o candidato. O petista, que trocou uma provável reeleição ao Senado pela disputa ao governo, na qual foi derrotado no primeiro turno por Alckmin, ganhou do governo Dilma Rousseff como recompensa pelo sacrifício o Ministério de Ciência e Tecnologia, setor que tem na capital seu maior polo.
À sombra de Mercadante está a senadora eleita Marta Suplicy, que
ainda tem um forte grupo de aliados dentro do PT paulista e não descarta
tentar retornar à Prefeitura – ela foi prefeita de 2001 a 2004. No
Senado, a petista não contará com o poder da caneta como o colega
ministro, mas terá mais tempo para fazer articulações e costuras
políticas com outros partidos.
Fonte: Fabio Leite - JT
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