O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) morreu aos 72 anos
vítima de um câncer na próstata. Ele estava internado no Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 18 de novembro.
Quércia desistiu de concorrer ao Senado nas eleições de outubro por
causa da doença. Durante o período eleitoral, passou 36 dias internado.
Teve alta no dia 6 de outubro, um mês após renunciar à candidatura para
senador.
Ao desistir de concorrer a senador, Quércia beneficiou Aloysio Nunes
Ferreira (PSDB), tucano que começou mal nas pesquisas e acabou sendo
eleito para a primeira vaga paulista --a segunda ficou com Marta Suplicy
(PT).
Com o peemedebista fora da disputa, Aloysio viu seu espaço na TV crescer para 5min29s --disparado o maior entre os candidatos.
Em nota divulgada à imprensa, logo após a desistência, Quércia pediu
votos ao tucano. Sua filha Andreia apareceu diversas vezes no horário
eleitoral para declarar o apoio da família ao aliado.
Em pesquisa Datafolha do começo de setembro, Quércia tinha 26% nas
intenções de voto para o Senado, tecnicamente empatado no segundo lugar
com Netinho (PC do B).
Aloysio, na ocasião, estava em quinto lugar, com 12%.
BIOGRAFIA
Ex-radialista, Quércia já foi vereador e prefeito de Campinas, senador,
deputado estadual, vice-governador e governador de São Paulo de 1987 a
1991.
Ele foi um dos fundadores do PMDB e presidente do diretório paulista do partido.
Desde que saiu do governo, Quércia não venceu nenhuma eleição. Disputou a
corrida presidencial em 1994, o governo estadual em 1998 e 2006 e o
Senado em 2002.
Fonte: Folha.com
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