
Antonio Batuíra Pereira, o "Noca", tem na memória a história do bairro que os livros não contam. "Ermelino se formou em torno das fábricas Matarazzo. Mesmo para quem não trabalhava ali, as fábricas eram presença constante, como paisagem para os que pegavam o trem, com o cheiro que saía às 16h30 da chaminé das fábricas ou pelos apitos que avisavam a hora."
Nos anos de 1960, as vilas tranquilas foram se adaptando para atender o aumento populacional. O resultado foi um progresso desorganizado, que afeta até hoje a região, trazendo problemas de moradias irregulares, enchentes e altos índices de violência. Mesmo carente, Ermelino Matarazzo tem grande potencial de crescimento, pela proximidade com o Aeroporto de Cumbica e a Rodovia Ayrton Senna. Outro destaque é o Parque Ecológico do Tietê, que tem trilhas, campos de futebol, playground e centro cultural. Recentemente, foi aberto mais um caminho: a USP Leste, inaugurada em 2005, com dez cursos e 5 mil alunos. O bairro também conta com unidades da Etec e da Fatec, aliando ensino técnico e graduação tecnológica.
Com a crescente infraestrutura, Ermelino Matarazzo tem tudo para se tornar um dos grandes polos de desenvolvimento da cidade.
Andrea Matarazzo é secretário estadual de Cultura de São Paulo.
Comentários
Postar um comentário