A prioridade do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, para
esta semana é o anuncio dos nomes para três áreas estratégicas da
administração: Segurança, Fazenda e Educação.
Alckmin se debruçou no fim de semana na avaliação de cotados para as
três pastas. Na Fazenda, comandada hoje por Mauro Ricardo, o tucano
gostaria de ter o economista Yoshiaki Nakano. Consultado sobre a
disponibilidade de ir para o governo, Nakano teria declinado.
O movimento aumentou consideravelmente as chances de Ricardo permanecer
no cargo, ainda que Alckmin avalie pelo menos três nomes técnicos
indicados por Nakano para o posto.
Para Educação, o tucano não tinha um herdeiro natural. O atual titular,
Paulo Renato, ministro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
e secretário de José Serra (PSDB), conta com o apoio de considerável
ala do tucanato para permanecer no posto.
Contra Paulo Renato, pesa a opinião de alguns aliados do governador
eleito de que ele teria a marca de um relacionamento ruim com os
professores. Uma das prioridades de Alckmin é melhorar a relação entre o
PSDB e o funcionalismo.
Outro nome cogitado é o de Paulo Barbosa, que foi adjunto do deputado
federal eleito Gabriel Chalita (PSB), ex-secretário da área na gestão
anterior de Alckmin.
Chalita, no entanto, aproximou-se de petistas do Estado, em consequência
do alinhamento com a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT). O
entrosamento do padrinho político com adversários do PSDB em São Paulo
foi suficiente para que o nome de Barbosa fosse atacado na equipe de
transição.
Por isso, pessoas próximas ao governador dizem que a permanência de
Paulo Renato é uma possibilidade real, ainda que, assim como faz na
Fazenda, Alckmin ainda avalie nomes menos políticos e mais técnicos para
o posto.
PERMANÊNCIA
Na Segurança, Antonio Ferreira Pinto, atual titular, deve permanecer no
cargo. A baixa dos índices de criminalidade teria contribuído para o
secretário superar os atritos criados com o novo governo.
Rumores de que teria propagado uma campanha via imprensa pela
permanência na secretaria teriam irritado Alckmin. As divergências estão
hoje superadas.
Outro nome da atual administração com chances de permanecer no próximo
governo é Luiz Antonio Marrey. Atual secretário da Casa Civil ele tem
chances de retornar à Secretaria de Justiça. Segundo pessoas próximas a
Alckmin, Serra teria pedido a manutenção dele no governo.
Alckmin também deve anunciar a transformação da Secretaria de Relações
Institucionais em uma coordenadoria. Há a expectativa de que o mesmo
aconteça com a Secretaria de Comunicação, mas falta sinalização
definitiva do governador eleito.
Fonte: DANIELA LIMA e ANDREA MICHAEL - Folha.com
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