O atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, não tem permanência
garantida no próximo governo, segundo o vice-presidente eleito, Michel
Temer (PMDB).
Temer também disse que não há certeza no afastamento do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Ontem, o presidente Lula deu sinais de que Mantega seguirá comandando a
pasta econômica: pediu um relatório para um evento que será realizado só
em 2011.
Ao mesmo tempo, a Presidência cancelou, sem explicações, viagem de Amorim à cúpula do G-20, na Coreia do Sul.
Para Temer, as decisões não podem ser interpretadas como "mensagens"
sobre o futuro de Amorim e Mantega na gestão da presidente eleita, Dilma
Rousseff.
"Eu não acredito muito nessas chamadas mensagens. Não faria a leitura
que está sendo feito. Essas coisas evoluem tanto ao longo das
discussões, sobre a ocupação dos ministérios, que não sei se Mantega vai
continuar e nem sei se Amorim está descartado. Eu tenho muito medo de
ler mensagens que nem sempre refletem a realidade", disse o vice nesta
sexta-feira, em Buenos Aires.
PRIMEIRA BAIXA
Temer, que coordena a transição dos governos, afirmou que a primeira
baixa sofrida pela equipe de transição "implica zero" e não trará
"problema nenhum" ao processo.
Referia-se à a advogada Christiane Araújo de Oliveira, 30, que integrava a equipe e pediu demissão ontem.
A renúncia ao cargo --pelo qual receberia salário de R$ 2.600-- veio
depois da revelação de que ela foi denunciada em 2008 pelo Ministério
Público Federal. Christiane é acusada de envolvimento com a máfia dos
sanguessugas.
O afastamento da servidora não prejudicará a passagem de bastão de Lula para Dilma, segundo Temer.
"Verifiquei que o chefe da Casa Civil já tem um quadro completo de todos
os setores da administração pública e até eventuais sugestões. Eu não
vejo como a participação de uma figura, nessa comissão, que tem 39
pessoas, possa prejudicar a transição."
Fonte: GUSTAVO HENNEMANN - Folha.com
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