O vereador tucano que não votar em José Police Neto (PSDB) para a
presidência da Câmara Municipal de São Paulo poderá ser expulso do
partido e, consequentemente, perder o mandato, de acordo com a lei
eleitoral.
A ameaça está em nota do diretório municipal do PSDB, que aprovou nesta
quinta-feira (25) o "fechamento de questão" em torno da candidatura de
Police, líder do prefeito Gilberto Kassab (DEM) na Câmara.
O rival de Police deverá ser Milton Leite (DEM), que é ligado ao
Centrão, um bloco formado por ao menos 15 parlamentares de partidos como
o PR, PTB, PV e PMDB e que tem aliança com o PT para a eleição da Mesa
Diretora, no dia 15 de dezembro.
O PSDB tem 12 vereadores e, aparentemente, todos estão fechados com
Police, mas o acirramento da disputa tem levado a pressões dos dois
lados sobre os parlamentares em busca de voto. A estimativa corrente na
Câmara é que o resultado será apertado e que nenhum lado terá mais que
30 dos 55 votos da Casa.
Em 2005, o vereador tucano Roberto Trípoli se lançou candidato de última
hora com o apoio do Centrão e do PT e derrotou Ricardo Montoro (PSDB),
que era o candidato do prefeito recém-eleito José Serra (PSDB).
Já em 2008, embora declarasse apoio a Geraldo Alckmin (PSDB) na eleição
para prefeito, o diretório municipal teve de engolir o apoio da quase
totalidade dos vereadores tucanos a Kassab.
Em nota nesta sexta-feira, o presidente do diretório, José Henrique Reis
Lobo, que ocupava o mesmo cargo em 2008, disse que a reunião de ontem
"marca uma nova fase no relacionamento do partido com os vereadores".
Fonte: JOSÉ BENEDITO DA SILVA - Folha.com
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