A movimentação política do prefeito Gilberto Kassab (DEM) rumo ao PMDB deflagrou uma crise no comando do partido em São Paulo.
Ala do PMDB paulista ligada ao ex-governador Orestes Quércia, presidente
estadual da sigla afastado para tratamento de saúde, convocou reunião
com prefeitos e deputados estaduais à revelia de dirigentes ligados a
Michel Temer, vice-presidente eleito que acumula a presidência nacional
do partido.
Temer e Quércia são adversários políticos dentro do PMDB. O
vice-presidente eleito disputou o comando estadual da sigla com Quércia e
perdeu.
Nas últimas eleições, a direção estadual apoiou os tucanos Geraldo
Alckmin (ao governo) e José Serra (à Presidência), e expôs racha com a
direção nacional, que ficou ao lado de Temer.
Com o afastamento de Quércia, a costura pela migração de Kassab do DEM para o PMDB foi tratada por cima, com Temer e líderes da sigla no Nordeste.
Com o afastamento de Quércia, a costura pela migração de Kassab do DEM para o PMDB foi tratada por cima, com Temer e líderes da sigla no Nordeste.
Incomodados com o avanço das negociações, "quercistas" convocaram
reunião no próximo sábado para discutir a possível ida do prefeito
paulistano para o PMDB.
O encontro foi organizado pelos prefeitos de Santos, João Paulo Tavares
Papa, e de Araraquara, Marcelo Barbieri, ligados a Quércia.
"O PMDB não é um partido que pode ser tratado de maneira tão
simplificada. O nosso alinhamento hoje é com o Geraldo Alckmin",
argumentou Barbieri.
Em corrente oposta, líderes nacionais do partido ligados a Temer
defendem a mudança de Kassab para o partido. "O PMDB [de São Paulo] deve
entender que é preciso crescer, se fortalecer", defendeu Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), líder da legenda na Câmara dos Deputados.
Ciente das arestas que criou, Kassab telefonou para Quércia e Barbieri, e
sinalizou que quer um encontro. "O Quércia é o presidente e líder do
partido em SP. Se ele quiser vir, terá de tratar com ele", disse
Barbieri.
Fonte: DANIELA LIMA - Folha.com
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