Ministros, presidentes de partidos, integrantes de legendas aliadas
travam nos bastidores uma guerra por cargos no futuro governo Dilma.
Enquanto as peças desse quebra-cabeça são mantidas em sigilo, um
ex-office boy já garantiu seu lugar ao lado da presidente eleita nos
próximos quatro anos.
Anderson Braga Dorneles, 31, é uma espécie de "faz-tudo". Assessor
pessoal de Dilma, se transformou na "sombra" da petista. Suas tarefas
vão desde segurar a bolsa, acompanhar a ex-ministra em reuniões, filtrar
telefonemas, verificar e-mails e até mesmo administrar sua casa e
contas pessoais.
O vínculo com Dilma vai além das tarefas do dia a dia. O assessor mantém
relação com a família da presidente, em especial com a filha, Paula, e a
mãe, Dilma Jane.
A relação de confiança teve início há 17 anos, na Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, então comandada por Dilma, e onde Anderson trabalhava como office-boy.
A relação de confiança teve início há 17 anos, na Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, então comandada por Dilma, e onde Anderson trabalhava como office-boy.
Dilma o levou como estagiário para a Secretaria de Minas e Energia
gaúcha e depois para o governo de transição do presidente Lula, em
Brasília, em 2002.
Os dois ficaram mais próximos quando ela assumiu o Ministério de Minas e
Energia. Nessa época, Anderson passou a frequentar a casa de Dilma e se
tornou um "assessor para todas as horas".
Anderson tem informações sobre a reservada vida de Dilma: preferências
gastronômicas, manias e exigências, por exemplo. Está sempre à
disposição, mesmo nos fins de semana, sendo o último a ser liberado.
A dedicação fez com que trancasse a faculdade de direito durante a campanha.
Em comum, eles têm a torcida pelo Internacional.
Mas apesar da lealdade à presidente eleita Anderson passou dificuldades
com o temperamento de Dilma. Por mais de uma ocasião chegou a pedir
demissão. Em 2004, largou ' e voltou para Porto Alegre, onde ficou por
oito meses.
Durante a campanha presidencial, Anderson afastou-se por uma semana devido a uma crise de estresse.
Discreto, recusa-se a dar entrevistas. Argumenta que não quer, e não
deve, falar sobre Dilma. Pessoas próximas relatam que ele tem com a
presidente uma espécie de relação de "mãe e filho".
Sobre o futuro, Anderson diz a amigos que não espera cargos no governo,
somente a alcunha de "assessor pessoal" da presidente eleita.
Fonte: MÁRCIO FALCÃO e LEILA COIMBRA - Folha.com
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