Declaração foi dada pelo diretor de Fiscalização do BC, Alvir Hoffmann
Também houve problemas com operações com cartões de crédito, diz BC
O diretor de Fiscalização do Banco Central, Alvir Hoffmann, afirmou
nesta quinta-feira (11), no Congresso Nacional, que vê "indícios de
crime" no Banco Panamericano, instituição financeira que recebeu um
aporte de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) nesta
semana após serem detectadas "inconsistências contábeis" em seu balanço.
Segundo ele, essa avaliação já foi comunicada ao Ministério Público
Federal.
Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, que participou de
audiência pública na Comissão Mista de Orçamento nesta quinta-feira,
haverá punições caso sejam constatados crimes. "O BC está conduzindo o
processo de investigação, que é sigiloso", declarou ele, acrescentando
que as inconsistências atingiram, também, operações com cartões de
crédito, no valor de R$ 400 milhões.
Meirelles lembrou que a Caixa Econômica Federal fez diversas avaliações
do Panamericano antes de comprar 49% da instituição. Ele lembrou que
foram contratadas auditorias e que, baseado nos pareceres, a Caixa
assumiu a integralidade do balanço, mas com "garantia do sócio
majoritário". "E, portanto, o final do processo é que o banco foi
entregue ao mercado, aos depositantes, e ao novo sócio com balanço
saneado [após o aporte de R$ 2,5 bilhões do FGC]", disse.
O presidente do Banco Central também disse que, até o momento, não há
indícios de que outros bancos médios estejam em situação semelhante, mas
acrescentou que não pode dar garantias sobre a inexistência de
problemas no futuro. "Não encontramos instituições com esse problema",
declarou ele.
Fonte: Alexandro Martello - G1
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