Governador eleito defende renegociação da dívida dos estados com o governo federal
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse na
tarde desta segunda-feira (8), após reunião de trabalho do grupo de
transição do governo do estado, que cabe ao ex-governador José Serra
decidir seu papel no novo governo. Alckmin, entretanto, não respondeu se
convidará o ex-governador e ex-candidato à Presidência da República
para um cargo em sua gestão.
“O Serra é um dos melhores quadros que nós temos da política brasileira, mas cabe a ele responder. Ele é preparadíssimo, é para nós um motivo de grande orgulho ter uma liderança nacional no PSDB”, afirmou o governador eleito.
“O Serra é um dos melhores quadros que nós temos da política brasileira, mas cabe a ele responder. Ele é preparadíssimo, é para nós um motivo de grande orgulho ter uma liderança nacional no PSDB”, afirmou o governador eleito.
A reunião durou cerca de três horas. Participam além de Alckmin, o
vice-governador eleito, Guilherme Afif Domingos, os secretários
estaduais da Fazenda, Mauro Ricardo, da Casa Civil, Luiz Antônio
Guimarães Marrey, de Economia e Planejamento, Francisco Luna, o
coordenador do grupo, Sidney Beraldo, três membros do grupo de
transição, Silvio Torres, Jurandir Fernandes e Rubens Cury, e o
coordenador de orçamento da Secretaria Estadual de Planejamento, Carlos
Renato Barnabé.
De acordo com o governador eleito, foram discutidos aspectos do Orçamento – que será de R$ 140 bilhões em 2011 e dos investimentos que serão feitos. Nesta questão, Alckmin defendeu uma renegociação da dívida dos estados e dos municípios com o governo federal.
De acordo com o governador eleito, foram discutidos aspectos do Orçamento – que será de R$ 140 bilhões em 2011 e dos investimentos que serão feitos. Nesta questão, Alckmin defendeu uma renegociação da dívida dos estados e dos municípios com o governo federal.
“Quando foi feita a renegociação, em 1997, você tinha uma realidade
econômica diferente da de hoje. Se hoje for verificar, a dívida dos
estados está mais cara do que a dívida federal. O governo federal,
grande parte da sua dívida está referenciada pela taxa Selic, que é
10,45%. E os estados é pelo IGPDI, mais 6% de juros, ou 7,5% ou 9%. Nós
pagamos 6% mais o IGPDI, ele pode chegar a quase 10%. Provavelmente vai
passar de 9%, então ele é muito instável. Isso vai dar mais de 15% a
correção da dívida”
Segundo ele, a dívida atualmente está em R$ 160 bilhões, e o estado está em dia com os pagamentos – 13% do Orçamento, ou R$ 9 bilhões atualmente, são destinados ao pagamento.
“São Paulo está em dia, não deve um centavo. Mas quando chegar em 2027, você vai ter um enorme de um saldo, nós temos que ter uma curva que a dívida seja paga, e não impagável. Eu acho que nós temos que discutir a questão do índice, para ter um índice mais estável, mais relacionado com a receita dos estados e municípios. Sob o ponto de vista de mérito, nós vivemos um outro momento. Sem estresse, com calma, é necessário ter na mesa de negociação, entre quem deve e o governo federal, que ter algo que permita ser pagável”, disse.
O governador também comentou que o novo governo irá aguardar as investigações sobre a licitação da amplificação da Linha 5 do Metrô – cujos resultados foram adiantados pelo jornal "Folha de S. Paulo" – para decidir o que será feito. Ainda segundo ele, o novo governo está caminhando para a criação da Secretaria de Gestão Metropolitana, e que os novos secretários só devem ser definidos a partir da próxima semana.
Segundo ele, a dívida atualmente está em R$ 160 bilhões, e o estado está em dia com os pagamentos – 13% do Orçamento, ou R$ 9 bilhões atualmente, são destinados ao pagamento.
“São Paulo está em dia, não deve um centavo. Mas quando chegar em 2027, você vai ter um enorme de um saldo, nós temos que ter uma curva que a dívida seja paga, e não impagável. Eu acho que nós temos que discutir a questão do índice, para ter um índice mais estável, mais relacionado com a receita dos estados e municípios. Sob o ponto de vista de mérito, nós vivemos um outro momento. Sem estresse, com calma, é necessário ter na mesa de negociação, entre quem deve e o governo federal, que ter algo que permita ser pagável”, disse.
O governador também comentou que o novo governo irá aguardar as investigações sobre a licitação da amplificação da Linha 5 do Metrô – cujos resultados foram adiantados pelo jornal "Folha de S. Paulo" – para decidir o que será feito. Ainda segundo ele, o novo governo está caminhando para a criação da Secretaria de Gestão Metropolitana, e que os novos secretários só devem ser definidos a partir da próxima semana.
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