Serra afirmou ser muito grato por ter finalizado sua campanha em Minas Gerais
O candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, afirmou, em entrevista
coletiva ao final de uma carreata na zona nobre de Belo Horizonte, que o
desenvolvimento do Brasil foi fruto das forças democráticas e não do
trabalho de um único governo. "O Brasil, nos últimos 25 anos, progrediu
muito. Isso não foi obra de um homem, de um partido, ou de um único
governo. Isso foi obra das forças democráticas que, desde Tancredo Neves
e Ulysses Guimarães, encaminharam o Brasil para o rumo da democracia e
do desenvolvimento", disse o tucano ao lado do senador eleito Aécio
Neves (PSDB).
Serra participou de uma carreata em Belo Horizonte ao lado dos dois
senadores eleitos pelo Estado de Minas Gerais, o ex-presidente Itamar
Franco (PPS) e Aécio. Serra acompanhou a carreata em cima de um jipe,
cercado por militantes tucanos e aliados políticos. "Do fundo do
coração, sou muito grato por ter terminado minha campanha em Minas
Gerais e com três pessoas que são tão representativas para a região",
disse durante entrevista, em referência a Aécio, Itamar e Antonio
Anastasia (PSDB), governador eleito do Estado.
"Minas tem um papel simbólico muito importante nessa campanha. Um dos
pilares dela é precisamente a união das forças democráticas",
acrescentou o candidato. O tucano chamou Minas de "terra dos combatentes
pela liberdade" em referência à frase escrita na bandeira do Estado:
"libertas quae sera tamen", que significa: liberdade ainda que tardia.
Questionado sobre Dilma Rousseff (PT) que afirmou neste sábado em Minas
que ninguém vai separá-la de Lula, Serra disse que "não existe governo
terceirizado". "A gente sabe que ninguém governa no lugar de ninguém.
Sabemos que o eleito é quem governa. Não existe governo terceirizado".
Serra disse que vai para a eleição deste domingo (31) "muito confiante,
do fundo da alma" e que a população será capaz de escolher baseada em
muitos elementos apresentados durante a campanha. "A decisão de amanhã
vai depender do nosso povo. É uma decisão de cada um e acho que a
população já tem bastantes elementos para comparar e avaliar", afirmou.
O candidato também escolheu os três momentos mais emocionantes de sua
campanha. Para o tucano, o discurso para lideranças políticas em São
Paulo, no qual recitou o hino nacional, o encerramento de um dos debates
e a carreata deste sábado foram os mais especiais. Ao final da carreata
por Belo Horizonte, Serra deu um longo abraço em Aécio. "Foi um abraço
emocionado de três homens que encarnam Minas Gerais. Três gerações se
encontrando em Minas Gerais", afirmou se referindo a Aécio e Itamar.
O tucano disse querer fazer "um governo aberto para a população, um
governo sem vingança, sem ódio, que junte tudo aquilo que o Brasil tem
de bom para levar o País e o nosso povo para frente". Questionado sobre o
fato de como governaria sem ter a maioria no Congresso, Serra, que
estava ao lado do ex-governador mineiro, disse não ter dúvidas que
conquistará a maioria. "Eu tenho comigo, no governo ou no congresso,
Aécio, Aloysio Nunes e Sérgio Guerra. Não tenha duvidas de que teremos
essa maioria", disse.
Aécio disse que o PT fez uma campanha pedindo para que as pessoas
votassem nos senadores que tivessem mais sintonizados com a candidata
Dilma. O ex-governador mineiro ironizou: "quero então dar aos
adversários a possibilidade de serem coerentes com seu discurso". E
acrescentou: "votar em Serra é votar pela sintonia". Os dois senadores
eleitos, Aécio e Itamar, são da base tucana.
Durante a coletiva, bem-humorado, Serra pediu votos ao jornalistas e
afirmou que "não iria decepcionar". Quando já havia finalizado a
entrevista, o tucano voltou para dar um recado aos governadores eleitos
pela coligação de Dilma. "Se o povo me escolher amanhã, quero poder
dizer aos governadores eleitos apoiando a outra candidata, que eu vou
trabalhar com cada um deles, qualquer que seja a camisa partidária".
Fonte: Marcela Rocha - Terra
Foto: Marcos Brandão/OBritoNews/Divulgação
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