Neste domingo (17), os candidatos à Presidência, Dilma Rousseff (PT) e
José Serra (PSDB), se enfrentam em mais um debate, realizado por Folha de S. Paulo e RedeTV.
Os staffs das duas campanhas evitam falar das estratégias, mas já não
pregam o clima "paz e amor", a 15 dias do dia da votação.
O tucano chegou do Ceará na noite deste sábado (16) e fez reunião
até 6 horas da manhã deste domingo com seu staff de campanha. Serra
pretende priorizar propostas para aproveitar as imagens do debate no
próximo programa eleitoral.
Integrantes do PSDB esperam questionamentos sobre privatização e
governo FHC. Ante à tática petista de colar em Serra a imagem de
privatizante, mais reforçada ao longo desta semana, o tucano deve evitar
a palavra "privatizar", considerada negativa independentemente do uso, e
deve abordar os efeitos práticos do processo.
Telefonia é o exemplo mais adotado por tucanos e aliados que
fazem questão de destacar ter havido privatizações em todos os governos e
que Lula não fez nada para retrocedê-las. O tom desta estratégia foi
dado pelo próprio candidato em encontro da coligação em Brasília.
O tucano, no entanto, não deixou de preparar respostas para acusações que espera serem levantadas por sua adversária.
Assim como fez no último domingo, antes do debate na TV Bandeirantes,
Dilma levantou em sua agenda de campanha um dos temas que abordaria no
debate na mesma noite. No caso, falou à tarde sobre acusações atribuídas
a Monica Serra, dizendo que Dilma gostava de "matar criancinhas". E à
noite, levou o mesmo assunto ao debate. Neste domingo (17), a petista
cobrou de Serra respostas a respeito do ex-diretor da Dersa, Paulo
Vieira Souza - acusado de ter arrecadado recursos para a campanha de
Serra e não entregá-los ao partido, acusação que os tucanos negam.
Segundo petistas, este será assunto levado ao confronto.
Dilma já adiantou publicamente que pretende manter o tom
"assertivo", adotado no debate passado. Vista como "agressiva" nas
pesquisas tucanas, a petista surpreendeu os adversários que não contavam
com o novo tom adotado.
Tanto petistas quanto tucanos pretendem aproveitar as imagens do confronto deste domingo no debate Folha de S. Paulo/RedeTV para o programa eleitoral. As imagens dos próximos dois debates, promovidos por Globo e Record, não poderão ser editadas e usadas nas propagandas dos candidatos.
Fonte: Claudio Leal e Marcela Rocha - Terra
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