
Na avaliação do comando da campanha do PSDB, o tucano precisa
reaglutinar seu partido e reaproximar seus principais aliados da
coligação. Só nesta semana, Serra já se reuniu com aliados duas vezes na
sede estadual do partido em São Paulo e participou de outros dois
eventos partidários. O marqueteiro pretende usar imagens do encontro
ocorrido nesta quarta-feira (6), em Brasília, onde o PSDB recebeu
lideranças eleitas e não eleitas da coligação e que quisessem contribuir
com a campanha presidencial, entre elas, o senador eleito Aécio Neves
(MG).
Ao longo do primeiro turno, Serra foi progressivamente ficando isolado,
seja por conta dos cenários estaduais ou por dificuldades na
interlocução dos aliados com o candidato ou com sua equipe. O segundo
turno liberou os eleitos e deverá aproximar os não eleitos com a
perspectiva de poder que o segundo turno oferece.
Aposta
Ao longo do primeiro turno, os esforços da campanha tucana se voltaram a
mostrar Serra como um homem de origens humildes e que esteve à frente
de gestões preocupadas com políticas sociais. Para aproximar esse
discurso da população, as grandes questões, como saúde, por exemplo,
eram trazidas para o cotidiano do eleitor com depoimentos de
beneficiados por suas administrações. A tão criticada favela
cenográfica, o novo apelido "Zé", as caminhadas em cada cidade visitada e
o contato direto com o eleitor compunham a estratégia de retirar o
estigma de elitista - que persegue o PSDB - de Serra.
Programas
Embora distantes das definições sobre a estratégia de comunicação da campanha, tucanos e aliados criticam frequentemente a vinculação, segundo eles, exagerada, de Serra com São Paulo, Estado que governou até abril deste ano. Para integrantes da coligação, a campanha é muito "paulista".
Embora distantes das definições sobre a estratégia de comunicação da campanha, tucanos e aliados criticam frequentemente a vinculação, segundo eles, exagerada, de Serra com São Paulo, Estado que governou até abril deste ano. Para integrantes da coligação, a campanha é muito "paulista".
Tucanos aproveitaram o bom humor do candidato ao longo desta semana para
esboçarem críticas à campanha. A maioria das sugestões era para que
Serra regionalizasse as questões, trazendo propostas concretas para as
regiões, e aproximasse tanto a temática quanto a linguagem dos Estados
nordestinos.
Na tentativa de sanar a questão posta pelos tucanos, o comando da
campanha chegou a consultar o Tribunal Superior Eleitoral sobre se seria
possível fazer uma campanha diferente por região do País. O partido
acreditava ser vantajoso colocar spots diferentes por Estados ou
regiões. No entanto, o TSE negou a possibilidade.
Serra já tem dois programas gravados. O que vai ao ar ao meio-dia não
deverá ser o mesmo transmitido à noite, que ainda será finalizado pelo
jornalista Luiz Gonzalez, responsável pela campanha do candidato tucano.
Fonte: Marcela Rocha - Portal Terra
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