Material de campanha é distribuído em evento do PAC


Material de divulgação da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, foi distribuído durante as solenidades de entrega de 910 unidades habitacionais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida, hoje de manhã, nos complexos do Alemão e de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. Apesar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus aliados terem evitado mencionar o nome da petista em seus discursos, crianças e mulheres participaram dos eventos com adesivos colados na roupa e com bandeiras da candidata.
Segundo eles, o material foi distribuído por militantes do PT no interior dos condomínios, em espaço controlado pela segurança da Presidência da República. Em Manguinhos, além das bandeiras distribuídas e das manifestações no interior do conjunto habitacional, operários que participam de obras na comunidade cantaram músicas pró-Dilma do lado de fora. Eles também seguravam uma bandeira da petista. Dentro da área do PAC, integrantes do sindicato dos Empregados em Fundos de Pensão carregavam bandeiras da campanha petista.
Ainda no Alemão, minutos antes de Lula chegar, um casal distribuía bandeirolas de Dilma a crianças da comunidade. "Temos de acompanhar o discurso, não podemos falar", disse um deles, esquivando-se da entrevista. No Alemão, os adesivos eram entregues aos moradores junto com um folder em que eram detalhadas as iniciativas do PAC na região. A distribuição foi feita de maneira discreta e não houve manifestações ostensivas em favor da candidata ao longo do evento.
Os moradores que usavam os adesivos colados na roupa evitaram falar sobre o assunto. Uma mulher, que pediu para não ser identificada, explicou que havia recebido o material assim que entrou no condomínio. Ao ser questionada sobre quem havia lhe fornecido o adesivo, ela disse que precisava sair. Quando se afastou, foi recriminada por uma amiga. "Eu falei para você não colar esse negócio."
Consultados, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Procuradoria Regional Eleitoral não quiseram comentar se a distribuição de propaganda era irregular. 

Fonte: ALFREDO JUNQUEIRA E GABRIELA MOREIRA - Agência Estado

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