A candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva,
apresentou ontem dez tópicos - subdivididos em 42 propostas ou
exigências - do PV para negociar o apoio a Dilma Rousseff (PT) ou José
Serra (PSDB) no segundo turno. O texto começa com uma exigência: não
adotar nenhum mecanismo de cerceamento à mídia.
A adesão ao documento por Dilma e Serra será um dos elementos do
processo decisório, mas não o único. A sigla pretende ouvir o Movimento
Marina Silva e setores da sociedade civil. A direção nacional voltará a
se reunir de novo na quarta-feira e no dia 17 fará uma convenção, quando
será tomada decisão a favor de um candidato ou pela neutralidade.
Marina explicou que o documento, denominado Agenda por um Brasil
Justo e Sustentável, sintetiza os itens que a coordenação da campanha
considerou mais importantes em sua plataforma de governo. "Espero que
seja uma contribuição generosa para este segundo turno."
Os dez itens são: transparência e ética; reforma eleitoral; educação
para a sociedade do conhecimento; segurança pública; mudanças
climáticas, energia e infraestrutura; seguridade social: saúde,
assistência social e previdência; proteção dos biomas brasileiros; gasto
público de custeio e reforma tributária; política externa, e, por fim,
fortalecimento da diversidade socioambiental e cultural.
Marina voltou a admitir que pode eventualmente ter posição divergente
do partido sobre o rumo a ser tomado no segundo turno. "O que está
previsto é que todos têm o direito de manifestar sua opinião", afirmou
ela, durante coletiva, em São Paulo. Os dirigentes reconheceram que a
unanimidade será difícil. "Seria um milagre se fosse por unanimidade",
disse o vice-presidente do PV, Alfredo Sirkis. Indagada se há militantes
no PV ainda movidos por cargos, Marina foi enfática. "Você acha que
existem lugares que são perfeitos?" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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