O repórter José Roberto Burnier seguiu o candidato do PSDB
Ao longo desta semana, o repórter José Roberto Burnier acompanhou o candidato José Serra, do PSDB.
A semana é decisiva e o tempo voa. Foi de helicóptero que começou a
última semana de campanha do candidato do PSDB José Serra. Nós estamos
em um clube de São Paulo, onde ele vai se encontrar com movimento
formado por mulheres. “Fazer campanha só andando de helicóptero para
poder ir depois para o aeroporto”, conta.
Entre mulheres, quem manda é a dele, Monica: “Não sabe o que falar? Sugestão: vote 45”, diz.
Normalmente é assim: o candidato termina o discurso, a imprensa chega e
se espreme toda para pegar a palavra do candidato que vai ao ar no
telejornal da noite, no caso o Jornal Nacional. Serra quase some no meio
de tantos microfones, mas faz pose o tempo todo. “São 300, 500 por
dia”,
Até conselhos o candidato ouve. "Ele me cochichou no ouvido e falou: ‘o
senhor deve dizer mais ‘eu vou fazer’ do que ‘eu acho’. E eu fiquei lá
pensando: ‘será que eu disse muito ‘acho’?’”.
O cidadão José Serra tem fama de dormir tarde, muito tarde. E nós comprovamos isso. É meia-noite, depois de um dia inteiro de campanha, de viagem inclusive, ele está no estúdio da produtora que cuida do programa eleitoral dele, gravando o último programa para esse primeiro turno.
O texto chega pronto. Serra vai mudando e reclama. “Está frio aqui. Não é melhor desligar o ar condicionado?”.
E o homem não para. Vamos junto com ele para Salvador. No voo, Serra lê e-mails, manda mensagens e tira um cochilo.
Em solo baiano, ele se dá conta: “a gente tem que achar uma gravata”. Pega uma emprestada e vira cidadão de Salvador.
Mais um dia, e Serra caminha em São Paulo, ou melhor, tenta. O
candidato anda espremido pela população em Barueri. É assim que ocorre
uma campanha. Mas como é que é esse empurra-empurra? “Eu solto o corpo, e
eles levam”.
Palmeirense roxo, o torcedor se rende ao candidato.
Ficamos a poucos metros da Arena Barueri, e o time do coração do
candidato está jogando. Mas ele conta que não vai passar lá. “Porque, se
passar, eu fico e eu tenho um comício lá na Mooca”, justifica.
É o final da campanha. O entusiasmo é tanto que Serra troca beijos com Geraldo Alckmin, candidato ao governo paulista.
Ao debate, o candidato chega sério. A caminho do estúdio, ajuda uma
funcionária a recuperar o sapato perdido. Nos intervalos, ouve o
coordenador da campanha e brinca com a maquiadora.
Serra só relaxa com a família. É nessa companhia que ele vai esperar um
dos momentos mais importantes de sua vida: o que as urnas vão dizer
neste domingo. “Nunca se sabe. Eleição e mineração, só depois da
apuração”.
Último dia de campanha em São Paulo
De manhã, José Serra se encontrou com um grupo de cadeirantes. Juntos,
seguiram pela Avenida Paulista, um dos símbolos da maior cidade
brasileira. Ao lado do candidato ao governo do estado, Geraldo Alckmin,
Serra ajudou a empurrar as cadeiras de rodas. Parou para um cafezinho e
falou sobre o clima da sua campanha
“Eu queria dizer, na véspera da eleição, que eu agradeço a todos os
brasileiros e brasileiras que me acolheram com carinho, me acolheram de
maneira muito boa por todo o país. Quero dizer também que, por todo
lado, eu encontrei muita confiança e muita esperança no Brasil”,
declara.
O candidato tucano decidiu terminar a campanha na Grande São Paulo e
seguiu da Avenida Paulista direto para Suzano. Lá participou de uma
caminhada no centro da cidade e, depois, encerrou o sábado no centro de
diadema, no ABC Paulista.
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