Para o presidenciável
José Serra (PSDB), esta forma de governar está se esgotando e o governo
Lula "tem dois ou três escândalos por dia"
Foto: Lucas Tannuri /Futura Press
O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, fez duras
críticas ao que chama de "modelo petista" durante visita a Araraquara,
no interior de São Paulo, neste sábado (23). Para ele, esta forma de
governar está se esgotando e o governo Lula "tem dois ou três escândalos
por dia". O candidato afirmou que o uso da máquina pública pelo governo
para atacar adversários é, como diriam os espanhóis, "comun y corriente
(comum e corrente), habitual neste governo".
Ao lado de governador do Estado, Alberto Goldman, do senador eleito,
Aloysio Nunes e do governador eleito por São Paulo, Geraldo Alckmin,
Serra fez ataques ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do
governo federal, e criticou a falta de planejamento do programa, que é a
principal plataforma eleitoral de sua adversária Dilma Rousseff (PT).
O tucano afirmou que os governistas fazem mais propaganda do que as
obras efetivamente e os chamou de "profissionais da mentira e da
violência". "Quando é pego com a mão na cumbuca, diz que todo mundo faz
isso. Mas não faço não".
Goldman e Aloysio Nunes também fizeram discursos bastante críticos em
relação ao governo federal. "Eles organizaram grupos de corrupção que
começaram nas prefeituras e o secretário particular do presidente Lula
acabou de ser denunciado", afirmou o governador de São Paulo, em
referência à denúncia contra Gilberto Carvalho feita na edição da
revista Veja desta semana - de que o secretário pediria ao
Ministério da Justiça a produção de dossiês contra adversários - e as
acusações de recebimento de propina em administrações petistas de Santo
André, no ABC paulista. Ele ainda comparou Lula a Hitler e disse que o
governo ameaçou as prefeituras.
Aloysio Nunes criticou o comportamento da militância do PT e referiu-se
aos adversários por "chavismo vagabundo": "trata-se de uma tropa de
choque fascista treinada e dirigida pelo PT".
Serra aproveitou também para falar das agressões que sofreu no segundo
turno. "É um episódio de violência, mas o pior foi a organização deles
para não nos deixar passar. Isso é o que gera violência. Aconteceu
comigo várias vezes... aqui mesmo entrou um rapaz. Imagina, entrar um
petista no meio de uma reunião para agitar, é uma procura por encrenca".
Serra se referia a um agente escolar que subiu no palco do salão onde
ocorreu o encontro e começou a gritar, protestando contra a política
adotada por Serra referente à valorização do trabalho dos professores. O
manifestante é funcionário de uma escola que reivindica reajuste
salarial não só para professores.
Fonte: Marcela Rocha - Terra
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