Servidor que acessou dados de EJ em Minas é filiado ao PT




O servidor da Receita Federal que acessou os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, na sede do órgão em Formiga, Minas Gerais, é filiado ao PT desde 2001. Gilberto Souza Amarante acessou dados sigilosos do dirigente tucano por dez vezes – seis meses antes de iniciada a série de quebras de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Amarante é um dos 276 filiados do PT que votam na cidade de Arcos, vizinha ao município de Formiga. Em 3 de abril de 2009, o servidor consultou por dez vezes, em menos de um minuto, o CPF de Eduardo Jorge.

O jornal identificou o servidor com base no seus números de CPF e título de eleitor. No sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o cadastro de Amarante como filiado do PT consta como “regular”.

Um levantamento feito a pedido da Corregedoria do órgão revela que o analista mineiro não foi a única pessoa no país que acessou os dados de Eduardo Jorge no primeiro semestre do ano passado. O domicílio fiscal do vice-presidente do PSDB é no Rio de Janeiro e ele não possui negócios em Formiga – o que reforça a tese de que os dados de Eduardo Jorge tenham sido violados.

A invasão foi descoberta por meio de uma "Apuração Especial". A Receita solicitou ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) uma relação de todas consultas envolvendo o CPF de Eduardo Jorge no período entre 2 de janeiro e 19 de junho de 2009.

A Corregedoria, portanto, decidiu investigar o período que antecedeu a violação do sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do candidato tucano à Presidência, em 30 de setembro de 2009. Mais tarde, seriam violados os sigilos de do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, de Gregorio Marin Preciado (empresário casado com uma prima de Serra), do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio (no governo FHC) e Eduardo Jorge.


Fonte: Veja.com

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