Em visita a Mato Grosso, candidato tucano à Presidência evitou comentar a última pesquisa Datafolha e voltou a defender a liberdade de imprensa
A diminuição da vantagem da candidata do PT, Dilma
Rousseff, deu mais confiança aos tucanos, que agora têm esperança de que
haverá segundo turno, embalado pela reação de Marina Silva (PV) e pelo
estancamento na queda de José Serra (PSDB) nas pesquisas.
Um dia após a divulgação do Datafolha, que mostrou a queda de cinco
pontos porcentuais na vantagem de Dilma em relação aos adversários,
Serra disse estar confiante com o resultado do dia 3 de outubro.
"Estarei no segundo turno. Disso eu tenho uma enorme confiança,
independentemente de pesquisas", declarou ontem em Sinop (MT).
Para os tucanos, a pesquisa, embora menos otimista que os números que
o comando da campanha tem em mãos, reforça a tendência de um segundo
turno entre Serra e Dilma - as avaliações são feitas com base nas
pesquisas qualitativas diárias com grupos de eleitores em sete Estados,
encomendadas pelo PSDB.
Diferentemente das análises predominantes no cenário político, os
principais integrantes da campanha dizem que os números existentes não
são suficientes para bancar a tese de que a alteração no cenário se deu
em razão das denúncias de quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao
PSDB ou das notícias de tráfico de influência na Casa Civil.
Na avaliação dos principais assessores de Serra, é mais provável que
Dilma tenha oscilado negativamente por estar muito apoiada em Lula. Já
Marina sobe, "e vai subir mais", por não se meter na disputa PT e PSDB.
Outros pontos destacados pelos tucanos para embasar o otimismo são a
aproximação entre Serra e Dilma, nas projeções do segundo turno, e o
indicador potencial de votos (em quem o eleitor votaria com certeza mais
em quem poderia votar) versus rejeição do candidato, segundo o qual
Serra estaria com desempenho melhor que o de Dilma.
Liberdade de imprensa. Ontem, em Sinop, ao ser questionado sobre a
liberdade de imprensa, o tucano disse: "Quem hoje persegue a imprensa,
amanhã vai perseguir credos religiosos e assim por diante."
fonte: Alex Fama e Julia Duailibi - O Estado de S.Paulo
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