
"Ninguém pode achar natural os abusos que estão ocorrendo nestas
eleições", afirmou ele, que abriu a publicidade eleitoral gratuita.
Serra ainda acusou Dilma de se "esconder" atrás da administração federal
e evitar dar explicações. "Eu não cheguei na vida pública agora, não.
Não preciso ficar na sombra de ninguém", alfinetou, após listar os
feitos como ministro da Saúde, prefeito de São Paulo e governador do
Estado.
O candidato do PSDB a presidente, que usou a maior parte da
publicidade eleitoral para responder aos petistas, disse que, se for
eleito, não permitirá quebra de sigilo dos cidadãos e perseguição a
jornalistas. "Meu governo não será um cabide de emprego para os amigos
do partido", completou. Há pouco menos de um mês da eleição, Serra disse
que "vai correr muita água por debaixo da ponte" e que "tem gente
sentando na cadeira" antes do resultado das urnas.
Na sequência do programa do candidato do PSDB, veio o PSOL, que
repetiu a publicidade de terça-feira, na qual trouxe o depoimento do
caseiro Francenildo Costa, o "Nildo", sobre o vazamento de dados
bancários em 2006, ação que culminou na queda do ministro então ministro
da Fazenda e atual deputado, Antonio Palocci (PT-SP). "O PSOL foi o
único partido que esteve do meu lado", contou "Nildo". Já o programa da
candidata a presidente Marina Silva (PV) repetiu o anterior e não tocou
na questão do vazamento dos dados fiscais na Receita Federal.
Petistas
Os petistas preferiram repetir a publicidade do Dia da Independência,
na qual foi destacado o crescimento do Brasil nos últimos anos, os
projetos de erradicação da pobreza, o pré-sal e o "respeito" que o País
tem atualmente no exterior. Dilma apresentou-se como a candidata que
sucederá Lula para consolidar os avanços. No fim, foi repetida a
mensagem do presidente em que chama a atitude dos opositores de
"desespero" e "preconceito contra a mulher".
"Dilma tem feito uma campanha elevada, discutindo propostas e ideias,
mostrando o que fizemos e o que ainda faremos pelo Brasil", disse o
presidente. "Mas, infelizmente, nosso adversário, candidato da turma do
contra, que torce o nariz para tudo o que o povo brasileiro conquistou
nos últimos anos, resolveu partir para os ataques pessoais e para a
baixaria", criticou.
Fonte: DAIENE CARDOSO - Agência Estado
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