Candidato citou 'intuição' ao afirmar que foi 'provocada' a paralisação de uma das linhas do sistema, fato que afetou 250 mil usuários e provocou tumultos

"Nessa véspera de eleição, acidentes (no Metrô) estão se multiplicando. É muito estranho, não corresponde a média do ano, mas eu não tenho dúvidas de que há interesses eleitorais nisso", disse o candidato, após evento organizado por entidades filantrópicas da área da saúde, na Zona Norte da capital paulista.
Até o momento, no entanto, o governo de São Paulo investiga o caso e
ainda não há nenhuma informação conclusiva. A falha afetou 250 mil
usuários e os vidros de 17 trens foram quebrados.
A versão oficial, mantida hoje, afirma que a paralisação foi causada
por uma blusa que impediu o fechamento da porta de um trem. O evento
gerou um efeito cascata, a partir do acionamento de um botão de
emergência das composições. Assim, os passageiros começaram a seguir a
pé pela passarela de emergência da via até outras estações.
Sem entrar em detalhes sobre os motivos da paralisação, Serra, que
foi de metrô até o evento, disse apenas que a porta não fechou e que,
por segurança, o sistema parou. "O que houve ontem foi um acidente. Na
minha intuição, provocado", disse o candidato, frisando, no entanto, não
ter provas que comprovem sua teoria.
Ao discursar, já no evento, Serra criticou a falta de verbas para
transporte público no País. "Na presidência, vou organizar os processos
(de licitação de obras) para ter 400 km a mais de Metrô no País",
afirmou.
Na contramão de Serra, o candidato tucano ao governo paulista,
Geraldo Alckmin, negou motivação política na falha. "Vamos aguardar as
investigações", disse ontem, após caminhada em São Bernardo do Campo.
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