Na sexta (3), JN informou que ele, segundo o TRE, havia sido filiado.
O diretório do Partido dos Trabalhadores de São Paulo divulgou nota em
que confirma o pedido de filiação partidária do contador Antonio Carlos
Atella Ferreira em Mauá. Atella é suspeito de ter utilizado uma
procuração falsa em nome Veronica Serra, filha do candidato à
Presidência pelo PSDB, José Serra, para requerer cópia do Imposto de
Renda dela.
A nota é datada de sexta-feira (3), mas foi divulgada neste sábado (4).
Na nota, o PT paulista afirma, no entanto, que o registro não foi
confirmado porque o pedido veio com o sobrenome grafado incorretamente
como Atelka. Com isso, houve incompatibilidade na documentação. A nota,
assinada pelo presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, diz que
Atella não procurou o diretório de Mauá para esclarecer o episódio e
que, por isso, a Justiça eleitoral deixou de efetivar o registro de
filiação.
"Ele nunca participou de qualquer órgão de direção partidária, nem de
qualquer evento, seminário, reunião ou atividade promovida pelo
diretório, não tendo nunca cumprido quaisquer obrigações estatutárias
estabelecidas para os nossos filiados, nem mesmo sequer comparecido para
votar em quaisquer dos nossos processos eleitorais internos", afirmou a
nota - veja íntegra abaixo.
Na noite de sexta-feira (3), o Jornal Nacional obteve informação
oficial do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) sobre a
filiação partidária do contador Antonio Carlos Atella Ferreira e do
homem que ele apontou como sendo um colega, Ademir Estevam Cabral.
Conforme o TRE, Atella foi filiado ao PT e sua situação atual é
indefinida. Ademir é filiado ao PV.
Atella prestou depoimento à Polícia Federal na sexta no caso que apura o acesso a dados fiscais de Veronica Serra. O nome de Atella aparece numa procuração datada
de 29 de setembro de 2009 utilizada na agência da Receita Federal de
Santo André (SP) para obter cópias de declarações do imposto de renda de
Veronica. A procuração foi falsificada.
Atella filiou-se em 20 outubro de 2003 ao Partido dos Trabalhadores em
Mauá (SP), na zona eleitoral 217. A data de exclusão é de 21 de novembro
de 2009. O e-mail é assinado pela assessoria de comunicação do TRE-SP.
A assessoria do tribunal informou que a situação de filiação partidária
do eleitor Antonio Carlos Atella Ferreira é excluído. Isso significa
que a anotação de filiação foi excluída do cadastro de eleitores. Não
significa desfiliação, apenas que havia algum dado divergente que o
partido não corrigiu.
Essa data de exclusão a que se refere o tribunal é de menos de dois
meses depois da violação do sigilo de Veronica Serra. Na quinta, em
entrevista ao Jornal Nacional, Atella disse que não era filiado a nenhum
partido político. “Se alguém me filiou, nem conheço quem é, se caso eu
tiver filiado”, disse.
O TRE também confirmou a filiação ao PV do contador Ademir Estevam Cabral.
Por telefone, Atella afirmou que não se lembra de ter se filiado ao PT.
Mas diz que pode ter assinado a filiação em um momento de empolgação.
Na sexta (3), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou
que Atella nunca teve participação política dentro do PT e que, se a
filiação existiu de fato, ela foi apenas cartorial. Dutra reafirmou que
não existe participação do PT e da campanha de Dilma Rousseff na
violação dos sigilos fiscais.
Confira abaixo cópia do documento apontado como falso pela Receita:
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