Tucano levanta dúvidas sobre participação de Dilma nas denúncias sobre a Casa Civil
Felipe Rau/AE
Tacadas. Serra e Alckmin jogam sinuca em bar de Paraisópolis; tucano atacou PT por inaugurar obras que não são federais
O candidato do PSDB à Presidência da República, José
Serra, participou ontem de uma caminhada pela favela de Paraisópolis, na
zona sul de São Paulo, e voltou a levantar dúvidas sobre o envolvimento
da adversária Dilma Rousseff (PT) nas denúncias de pagamento de propina
no Ministério da Casa Civil.
"De duas, uma: ou ela, como dirigente, não é capaz, porque um esquema
que dura quatro, cinco, seis, sete anos, não há como quem está em cima
não saber. Ou então, ela é cúmplice. Não há uma terceira hipótese",
disse Serra.
Sobre o requerimento a ser apresentado hoje pelo senador Alvaro Dias
(PSDB-PR) para que Dilma compareça ao Congresso para se explicar sobre
as denúncias que envolvem a Casa Civil, o candidato tucano não quis se
prolongar, afirmando apenas que "quem fala sobre isso é o próprio Alvaro
Dias".
Ao ser questionado se é possível reverter os resultados das pesquisas
de intenção de voto que apontam vitória de Dilma a quinze dias das
eleições, Serra respondeu que "não há o que reverter". "A partida é para
ser jogada em 3 de outubro, não é um campeonato", disse. Serra estava
acompanhado do candidato ao governo do Estado de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM).
Paternidade. Durante a caminhada, José Serra conversou com moradores,
tomou café e até arriscou umas tacadas numa mesa de sinuca. De acordo
com o candidato, a gestão tucana foi responsável por "transformar a
favela em bairro". "Nós fizemos tudo em Paraisópolis. Aqui, em matéria
de PT, de governo federal, o que foi feito é próximo a zero", afirmou
Serra, antes de visitar o conjunto habitacional Nova Paraisópolis,
inaugurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva há quinze dias.
"Mas isso eles fazem com tudo. É um conjunto habitacional nosso que eles
vieram inaugurar."
Ao falar de seus projetos para a região, Serra ressaltou que, na
habitação, os esforços têm de ser direcionados para famílias que ganham
menos de três salários mínimos. "Não é o que está acontecendo agora no
governo federal." Segundo ele, 90% do programa de habitação paulista são
direcionados para famílias com essa faixa de renda e que Paraisópolis é
um bom exemplo de urbanização na capital.
Fonte: Flávia Tavares - O Estado de S.Paulo
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