A divulgação, ontem, de mais uma pesquisa Datafolha deu
novo ânimo à corrida presidencial. A quatro dias das eleições e a dois
do final da campanha em rádio e TV, os números indicam que a vantagem de
Dilma Rousseff (PT) sobre seus rivais foi reduzida de sete para dois
pontos, abrindo-se a possibilidade de a disputa ser levada ao segundo
turno. Segundo a pesquisa, Dilma caiu de 49% para 46%, José Serra (PSDB)
manteve seus 28% e Marina Silva (PV) oscilou de 13% para 14%. A petista
teria, agora, entre 49% e 53% dos votos válidos.
O impacto desses números era visível, ao longo do dia, na rotina dos
candidatos. A queda da petista acendeu um sinal amarelo em seu comitê de
campanha, onde se discutiu a possibilidade de o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva fazer, nos dias finais, algum apelo ao eleitorado. É
inegável a preocupação, no Planalto, com a divulgação de boatos que a
prejudiquem ou com o risco de novas denúncias contra o governo.
Serra, que passou o dia em Salvador, manteve a estratégia, adotada há
vários dias, de evitar polêmicas, não "inventar moda", torcer para que
Dilma continue em queda e evitar críticas a Marina, de olho no
eleitorado do PV no segundo turno. E a candidata dos verdes, que está em
alta, faz o caminho inverso: reduz os elogios aos governos Lula e FHC e
tenta subir aumentando o tom de suas críticas aos dois rivais. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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