Contra-ataque político aos petistas prevê demonstração de força no Estado, com realização de encontro com 450 prefeitos na semana que vem

O contra-ataque político dos tucanos prevê demonstração de força no
Estado de São Paulo, onde foi articulado encontro com 450 prefeitos
paulistas na semana que vem, e a exibição de depoimentos de apoio a
Serra no horário eleitoral gratuito na TV, gravados por "estrelas" do
PSDB.
Foi fechada ontem uma agenda conjunta entre Serra e o candidato
tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, com o objetivo de
projetar a candidatura presidencial no Estado. Tucanos querem fazer uma
frente no maior colégio eleitoral do País, impedindo o avanço de Dilma.
Para o encontro, no dia 1.º, foram convidados 450 prefeitos,
inclusive os que são de partidos da base de apoio de Dilma Rousseff,
como o PMDB - em São Paulo a legenda apoia o PSDB.
A expectativa é de que, pelo menos, 300 representantes de municípios
paulistas apareçam no evento, no Credicard Hall, na zona sul paulistana.
Também foram convidados vice-prefeitos e vereadores. Tucanos disseram
que colocarão na entrada do encontro contadores de pessoas para ter
ideia precisa de quais aliados compareceram à reunião.
No fim de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou
presença em comícios do PT na Grande São Paulo. No Estado governado pelo
PSDB há 16 anos, tentou "vender" sua candidata à Presidência e Aloizio
Mercadante, que disputa o Palácio dos Bandeirantes pelo PT.
Pesquisas de intenção de voto mostram diminuição da vantagem de Serra
no Estado. Segundo o Instituto Datafolha, caiu pela metade sua
dianteira em relação a Dilma em São Paulo, entre julho e o início de
agosto. Passou de 14 para 7 pontos porcentuais.
Mensagens. Parte da ofensiva política, os programas de Serra na
televisão começarão a exibir mensagens de apoio de políticos com
projeção nacional, gravadas especialmente para o candidato do PSDB.
Também foram enviadas aos Estados cenas de Serra pedindo votos para
deputados.
Já foram gravadas mensagens de apoio do ex-prefeito Beto Richa,
candidato pelo PSDB ao governo do Paraná e líder das pesquisas em seu
Estado, e de Simão Jatene, tucano que disputa o governo do Pará. Haverá
também mensagem de Alckmin.
Hoje, Aécio Neves, candidato ao Senado por Minas, grava seu
depoimento. Na realidade, Aécio já havia gravado mensagem, mas os
marqueteiros de Serra preferiram regravar em estúdio para melhorar a
qualidade. Depois da gravação, o mineiro deve se encontrar com o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O objetivo é mostrar a que viemos. Mostrar o entorno da candidatura
dele (Serra), assim como fizemos em 10 de abril", afirmou um dos
coordenadores da campanha, ao mencionar o encontro nacional em Brasília
no qual Serra se lançou à Presidência.
Em viagem ao Rio Grande do Sul, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra,
começou a colocar em campo o que chamou de "sacudida e realinhamento".
Disse que a campanha nacional será "colada" nas disputas estaduais.
"Estamos conversando com a Yeda para dar uma colada nas duas
campanhas e o movimento suprapartidário tem de ganhar escala, ter mais
escala operacional", disse Guerra, ao fim de encontros com integrantes
do Movimento Suprapartidário Gaúchos com Serra e com a governadora Yeda
Crusius. Apesar das declarações de Guerra, líderes do PSDB nacional são
contra colar no Estado Serra à imagem de Yeda, que amarga um terceiro
lugar nas pesquisas locais.
Os integrantes do comitê suprapartidário apresentaram a Guerra uma
série de pedidos para ajustar a campanha. Reclamaram da falta de
material e de informações. As agendas de Serra no Estado, quase sempre
marcadas na última hora e alteradas a qualquer momento, já impediram que
seus aliados se mobilizassem para recebê-lo.
Comunicação. A estratégia da equipe de comunicação, que não deverá
ter mudanças bruscas, é aumentar críticas a Dilma e PT gradativamente.
Sairá momentaneamente a favela construída em estúdio - e criticada pelos
aliados - para a entrada de um escritório onde Serra despacha. A camisa
com mangas dobradas será substituída pela gravata. O novo cenário será
exibido nos próximos dias e, ao poucos, as duas propostas serão
alternadas no programa da TV.
Uma das áreas que podem apresentar mudanças é a internet. No fim de
semana, Ravi Singh, um indiano que atuou na campanha vitoriosa de Juan
Manuel Santos à Presidência da Colômbia, reuniu-se com integrantes da
campanha tucana. Singh, da empresa Election Mall Tecnologies, fez uma
proposta inicial ao PSDB, rejeitada pela sigla por enquanto.
Reunião
O encontro entre o marqueteiro da campanha tucana, Luiz Gonzalez, e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que estava previsto para segunda-feira e foi adiado, deve ocorrer hoje
O encontro entre o marqueteiro da campanha tucana, Luiz Gonzalez, e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que estava previsto para segunda-feira e foi adiado, deve ocorrer hoje
Fonte: Julia Duailibi, Ana Paula Scinocca - O Estado de S.Paulo
Ontem em um comitê do PSDB de Curitiba os candidatos estavam engajados mesmo na campanha de Serra!
ResponderExcluirForam muito aplaudidos e com certeza demonstraram que querem o melhor para o Brasil.. assim como toda população do país!
Abraço
Silvia Ferreira Netto