Candidato tucano visitou a Bienal Internacional do Livro de São Paulo
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, prometeu neste domingo
(15), se eleito, estender para todos os estados do país a distribuição
gratuita de livros de literatura para alunos de escolas públicas a
partir da 4ª série.
Segundo Serra, o objetivo é entregar 100 milhões de exemplares por ano
ao custo estimado de até R$ 500 milhões. Ele lembrou que iniciativa
semelhante ocorre na Prefeitura de São Paulo, que investiu $ 60 milhões
para entregar 10 milhões de livros para alunos e 1 milhão para
professores. “O livro ajuda a melhorar muito a educação no país.” O
candidato disse que, a cada ano, os alunos receberiam três exemplares.
Serra fez o anúncio durante caminhada pelos corredores da 21ª Bienal
Internacional do Livro de São Paulo. Ele avaliou livros em dois estandes
e disse ter comprado três livros do médico e escritor Drauzio Varela.
"Ele é muito fácil, gosto de ler e rigoroso também. A gente sempre
aprende."
O tucano afirmou ainda que o Brasil tem uma política macroeconômica que
prejudica a oferta de livros mais baratos. Ele não anunciou medida
específica para o mercado livreiro. "O que acontece agora é que estamos
importando papel. O Brasil exporta celulose, vai para o exterior, o
pessoal fabrica papel e vende no Brasil. Isso devido a uma política
macroeconômica distorcida. Mas eu acho que a gente tem que dar todo
incentivo possível para o livro", disse. "[O programa] será um incentivo
extraordinário para a indústria editorial."
Serra cumprimentou eleitores durante aproximadamente uma hora e meia,
atendeu a vários pedidos de fotografia e pelo menos uma vez foi
diretamente questionado sobre a situação dos professores no estado.
Os professores questionam os salários mais baixos em relação à rede
municipal de ensino e, neste ano, fizeram greve contra a aplicação de
provas como critério para aumentos.
Perguntado sobre as declarações de uma mulher que se identificou como professora e exibiu o contracheque, Serra minimizou as queixas. “Diante de toda esta caminhada, houve uma pessoa que reclamou.”
Fonte: Ardilhes Moreira - G1
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