O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra,
classificou, nesta sexta-feira (27), como "história da carochinha" a
versão da Receita Federal de que não haveria indícios de envolvimento
partidário nas quebras de sigilo de tucanos, como o do vice-presidente
do PSDB, Eduardo Jorge, e do ex-ministro das Telecomunicações, Luiz
Carlos Mendonça de Barros.
"Isso é história da carochinha. Os dados da Receita do Eduardo Jorge foram passados pela Folha de São Paulo
e dizem ter recebido do comitê de campanha da Dilma. São fatos
documentados, isso não é opinião minha", disse Serra fazendo coro com a
adversária do PV, Marina Silva. "A candidata Marina tem toda a razão
quando diz que, se esse pessoal faz isso na campanha, imagine no
governo".
O tucano, referindo-se ao PT, ressaltou que "eles sempre têm
alguma coisa contra mim", classificando, entretanto, as investidas como
ineficientes, por ter a "ficha limpa" em sua vida política.
"Quebra de sigilo é algo gravíssimo. É um crime contra a
Constituição. Uma vez foi o dossiê dos aloprados (em sua campanha para o
governo de SP, em 2006). Agora, a quebra de sigilos, que teve até
participação do candidato ao Senado em Minas Gerais, Fernando Pimentel,
mas não deu certo", afirmou, fazendo referência ao fracasso dos dossiês
após a descoberta. "Aliás, a tradição já está mostrando que vai contra
aquele que faz esse tipo de ação. É um bumerangue, algo que volta contra
eles mesmos".
Serra não respondeu se mostraria a questão da quebra de sigilo na
sua propaganda eleitoral na TV. Ele afirmou, ainda, que a ameaça do PT
de processá-lo por calúnia e difamação é "tititi de campanha".
Ele ressaltou a necessidade de reforçar o controle das fronteiras
contra o tráfico de drogas e de armas. "O Brasil é um País pacífico,
mas não pode ser um País indefeso", afirmou.
Fonte: João Pequeno - Terra
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